Política

Lula diz que democracia vive período mais longevo da história e cita interferência de militares na política

Presidente citou que, no dia 8 de janeiro, alguns "malandros" tentaram romper com o Estado de Direito

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Lula e ministra Cida Gonçalves no Restaurante da Tia Zélia
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil vive o período democrático mais longevo de sua história após períodos de "interferência" dos militares. Ele citou, porém, que, no dia 8 de janeiro, alguns "malandros" tentaram romper com o Estado de Direito. A declaração foi dada durante um almoço em celebração ao Dia Internacional da Mulher, ao lado da primeira-dama, Janja, e de ministras do governo. 

Lula dizia que as conquistas populares – como o direito da mulher ao voto, abolição da escravidão, independência em relação a Portugal e redemocratização – foram processos mais demorados por aqui que em outros lugares do mundo.

"Desde que foi protocolada a República contra imperador [...] os militares sempre tiveram interferência na política brasileira. Estamos vivendo o período mais longevo da democracia. Mesmo assim, no dia 8 de janeiro, alguns malandros tentaram dar um golpe aqui para que não deixassem acontecer o resultado das eleições", disse.

Direito das mulheres

Lula ainda pediu para as mulheres não se contentarem com os direitos já conquistados. Ele admitiu que o país ainda tem pouca representatividade feminina na política. "Não conheço o mundo todo, mas temos países com mais mulheres eleitas. Aqui, tentamos avançar em legislações que permitam que as mulheres possam participar em igualdade das eleições", disse.

Na campanha das eleições de 2022, Lula prometeu montar um um ministério com maior equilíbrio entre homens e mulheres. Na ocasião, 11 das 37 pastas ficaram sob liderança feminina. O cenário não se manteve após um ano de governo. Pressionado pelo Centrão, Lula tirou substituiu por homens as ministras do Turismo (Daniela Carneiro) e do Esporte (Ana Moser). Também caiu a presidente da Caixa, Rita Serrano.

Durante o almoço, Lula também reconheceu a falta de apoio dos homens para equilibrar as tarefas profissionais e domésticas. "Com o passar dos anos, as mulheres já aprenderam a trabalhar, foram para o mercado de trabalho. Mas os homens não aprenderam a ir para a cozinha, a lavar a roupa, não aprenderam a cuidar das coisas que elas cuidam. A gente não compartilha, no que diz respeito à solidariedade e ao companheirismo, com nossas companheiras", afirmou.

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