SP: polícia prende quase 300 detentos que descumpriram medidas judiciais durante "saidinha"
Primeira saída temporária do ano acaba nesta segunda-feira (18); cerca de 30 beneficiados foram flagrados cometendo novos crimes
Quase 300 detentos foram presos durante a primeira "saidinha" de 2024 em São Paulo. Até a última sexta-feira (15), a Polícia Militar do Estado prendeu 298 criminosos beneficiados com a medida que estariam descumprindo medidas judiciais. Destes, 31 anos foram flagrados cometendo novos crimes, sendo reconduzidos ao sistema prisional.
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A primeira saída temporária do ano começou na terça-feira (12), com término nesta segunda-feira (18). Só no primeiro dia, 78 detentos foram reconduzidos ao presídio por descumprir as medidas impostas pela Justiça, como não frequentar bares, permanecer na cidade indicada e ficar em casa entre as 20h e as 6h do dia seguinte.
Ao todo, 28 detentos foram presos na capital paulista e na Grande São Paulo. Os demais foram detidos no entorno de Ribeirão Preto (3), Sorocaba (26), Campinas (23) e outras regiões do estado. Eles foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) para realização do exame de corpo de delito e, posteriormente, conduzidos de volta às prisões.
O que são as "saidinhas"?
A saída temporária é um benefício previsto por lei para condenados que cumprem pena em regime semiaberto. Eles podem se ausentar dos presídios por 35 dias ao longo do ano, sem supervisão, para visitar a família, estudar ou realizar atividades que contribuam para a ressocialização. Geralmente, as saídas coincidem com feriados.
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O benefício voltou a ser debatido no Congresso Nacional, que estuda um projeto de lei para restringir as saidinhas. A proposta ganhou força neste ano, após a morte do sargento Roger Dias da Cunha, de Minas Gerais. Ele foi baleado na cabeça no dia 5 de janeiro por um detento beneficiado pela saída temporária que não retornou ao presídio.