Rio de Janeiro registra dois casos de feminicídio em intervalo de 24 horas
Kaylane Alves, de 19 anos, e Rafaela Torres, de 35, foram vítimas de homens com quem se relacionaram
A polícia do Rio de Janeiro registrou dois casos de feminicídio em um intervalo de apenas 24 horas. Kaylane Alves, de 19 anos, e Rafaela Torres, de 35, foram vítimas de homens com quem se relacionaram.
Kaylane teria dito ao namorado que estava grávida antes de ser morta, com um corte no pescoço, dentro de casa, na favela de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio. Kayque Simões, de 18 anos, se entregou na delegacia. Ele não queria o bebê.
O assassino foi denunciado à polícia pelo próprio pai dele. Em depoimento, Kayque confessou ter premeditado o crime. Ele disse que comprou, uma semana antes, a navalha usada para matar Kaylane.
Horas depois, em Saquarema, na Região dos Lagos, Rafaela Torres foi alvo de um sequestro. Ela foi sequestrada por um homem armado. Uma pessoa que estava no carro junto com a vítima fugiu.
Dois minutos depois, o sequestrador volta para buscar o carro da vítima, que foi encontrado carbonizado com um corpo dentro. O bombeiro Silvio Denis, ex-marido de Rafaela, foi preso como principal suspeito do crime.
Mesmo com a queda nesse tipo de crime no estado, o número ainda é preocupante: em um ano, 99 mulheres foram assassinadas.
A cada três dias, em média, uma mulher foi vítima de feminicídio no estado do Rio. Somente no ano passado, a polícia fluminense concedeu mais de 23 mil medidas protetivas para as mulheres.