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EUA fazem novo ataque a embarcação no Pacífico e matam 4 tripulantes

Militares justificaram ação dizendo que navio estava transitando por rotas conhecidas de narcotráfico

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Ataque foi realizado no Pacífico Oriental | Divulgação/Marinha dos EUA

A Marinha dos Estados Unidos atacou uma nova embarcação no Pacífico Oriental na noite de quarta-feira (17). A ação, segundo os militares, ocorreu com o aval do secretário de Guerra, Pete Hegseth, após informações de inteligência confirmarem que os navios estavam envolvidos com narcotráfico. Ao todo, quatro pessoas morreram.

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“A inteligência confirmou que a embarcação estava transitando por uma rota conhecida de narcotráfico no Pacífico Oriental e estava envolvida em operações de narcotráfico. Um total de quatro narco-terroristas foram mortos, e nenhuma força militar dos Estados Unidos foi ferida”, disseram os militares do Comando Sul.

Esse é o 23º ataque norte-americano no Pacífico desde setembro, quando o país iniciou uma operação naval contra o narcotráfico na região, perto das costas da Venezuela e da Colômbia. O presidente Donald Trump acusa cartéis latino-americanos de transportarem drogas para os Estados Unidos pelo mar.

A operação despertou alerta no governo de Nicolás Maduro, que começou a mobilizar militares e milicianos para reforçar o patrulhamento da fronteira. Isso porque o líder venezuelano teme que a operação naval norte-americana seja uma ofensiva disfarçada, com o objetivo de mudar o regime do país à força.

Essa preocupação aumentou nas últimas semanas devido ao aumento da presença militar norte-americana no Caribe. Além de navios de guerra e submarinos já mobilizados, a Casa Branca enviou caças F-35 à região, bem como o porta-aviões USS Gerald R. Ford, considerado o maior e mais moderno do mundo.

Outra movimentação dos Estados Unidos foi bloquear navios petroleiros sancionados da Venezuela, numa tentativa de sufocar a economia local, já que o produto é a principal fonte de renda do país. Maduro criticou a decisão, acusando Washington de colonialismo. "O imperialismo e a direita fascista querem colonizar a Venezuela para tomar posse de sua riqueza de petróleo, gás, ouro, entre outros minerais”, disse.

Em meio à tensão, a Venezuela solicitou uma reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a "agressão contínua dos Estados Unidos" contra o país. Segundo diplomatas, a expectativa é que o encontro seja agendado para a próxima terça-feira (23).

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