Equador prende mais de 300 pessoas e resgata 41 reféns em meio a onda de violência
Maioria dos detidos possui vínculos com facções criminosas; armas e explosivos também foram apreendidos
Agentes de segurança do Equador prenderam mais de 300 pessoas e resgataram 41 reféns nessa quarta-feira (10.jan). As ações são resultados do primeiro dia do decreto de Conflito Armado Interno, promulgado pelo presidente Daniel Noboa, que permitiu a atuação das Forças Armadas nas ruas para neutralizar grupos armados no país.
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Segundo o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, Almirante Jaime Vela, a maioria dos detidos possui vínculos com os grupos Tiguerones, Los Lobos e Los Choneros. As operações também resultaram na apreensão de 61 armas de diferentes calibres, além de 418 munições e 24 explosivos. Cinco criminosos foram mortos.
Em relação à invasão armada aos estúdios do canal TC de Guayaquil, todos os 13 detidos serão processados pelo crime de terrorismo, conforme informado pela Procuradoria-Geral do Estado do Equador. Entre os presos estão dois adolescentes, que aguardam audiência na Unidade de Menores Infratores.
A onda de violência no Equador piorou nesta semana, logo após o país decretar estado de emergência devido aos incidentes registrados em prisões. As rebeliões aconteceram depois do líder da facção criminosa Los Choneros, José Adolfo Macías Villamar, o Fito, fugir da prisão de Guayaquil, onde cumpria uma sentença de 34 anos por crime organizado, tráfico de drogas e assassinato.
Com o decreto, que inclui toque de recolher e atuação das Forças Armadas nas ruas, a violência se espalhou pelo país. Policiais foram sequestrados e carros foram incendiados. Vários criminosos entraram em confronto com os agentes de segurança, resultando em 10 mortes. O cenário também resultou no sequestro de reféns, incluindo um brasileiro.
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O governo da Argentina emitiu um comunicado lamentando a situação no Equador e ofereceu enviar integrantes das forças de segurança para ajudar nas operações. Os Estados Unidos também se manifestaram, afirmando estarem prontos para prestar assistência caso necessário. O mesmo foi dito pela Colômbia, Peru e Brasil.