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Tecnologia

Mark Zuckerberg pede desculpas aos pais de crianças vítimas nas redes sociais

"Sinto muito por tudo o que vocês passaram", diz o cofundador do Facebook e CEO da Meta durante audiência no Senado dos Estados Unidos sobre exploração sexual nas redes sociais

Imagem da noticia Mark Zuckerberg pede desculpas aos pais de crianças vítimas nas redes sociais
Mark Zuckerberg se levanta durante audiência e pede desculpas aos familiares de crianças e adolescentes afetados pelas redes sociais | C-SPAN/YouTube
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O CEO da Meta e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu desculpas as famílias que tiveram crianças e adolescentes prejudicados ou afetados por conteúdos de exploração sexual infantil nas redes sociais da empresa, como Facebook e Instagram.

+ Executivos da Meta, Snap, TikTok, Discord e X prestam depoimento no Senado dos EUA

Pedido aconteceu durante a audiência "As grandes companhias de tecnologia e a crise de exploração sexual infantil online", que foi convocada pela Comissão Judiciária do Senado, na quarta-feira (31).

Foi uma oportunidade dos legisladores de questionar pessoalmente os executivos de empresas menores como X e Discord. Será a primeira vez que um representante do X, Linda Yaccarino, falará ao Senado desde a aquisição da plataforma por Elon Musk.

Foram ouvidos nesta audiência:

  • Linda Yaccarino, CEO do X Corp.;
  • Shou Chew, CEO do TikTok Inc.;
  • Evan Spiegel, co-fundador e CEO do Snap Inc.;
  • Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta;
  • Jason Citron, CEO da Discord Inc.

Senador Hawley provocou Zuckerberg, fazendo o CEO da Meta pedir desculpas publicas às famílias vítimas de exposição e abuso sexual nas redes sociais | C-SPAN/YouTube
Senador Hawley provocou Zuckerberg, fazendo o CEO da Meta pedir desculpas publicas às famílias vítimas de exposição e abuso sexual nas redes sociais | C-SPAN/YouTube

O senador republicano do Missouri, Josh Hawley, questionou de forma enfática sobre sua declaração de que não havia evidências claras de que o uso das redes sociais era danoso à saúde mental.

O senador provocou Zuckerberg "estão aqui. Você já pediu desculpas às vítimas? Gostaria de fazê-lo agora? Você está aqui, estamos ao vivo na TV. Mostrem as fotos", disse Hawley.

+ X (Twitter) recruta moderadores de conteúdo para seu centro de segurança

Cofundador do Facebook e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, participa de audiência no Senado dos EUA | C-SPAN/YouTube
Cofundador do Facebook e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, participa de audiência no Senado dos EUA | C-SPAN/YouTube

Então, o executivo do Instagram, Facebook e WhatsApp virou de frente às famílias presentes no congresso norte-americano e em pé fez o pedido de desculpas.

"Sinto muito por tudo o que vocês passaram", declarou perante aos presentes.

E completou:

"Ninguém deveria passar pelas coisas que as suas famílias sofreram. É por isso que investimos tanto e continuaremos os esforços para ter certeza que ninguém passe pelo [mesmo] tipo de coisas"

Assista a íntegra do pedido de desculpas (em inglês):

 

Empresas são acusadas de ser omissas com crianças

Na audiência no Senado dos Estados Unidos, as empresas de tecnologias foram acusadas de não fazer o necessário para limitar os riscos para os jovens e crianças nas redes sociais.

Foi pontuado que várias crianças e adolescentes foram vítimas de predadores sexuais e algumas destas cometeram suicídio.

+ Congresso brasileiro estuda proibição de redes sociais para menores; entenda

Algumas medidas já foram anunciadas pelas big techs como o bloqueio de mensagens diretas enviadas a adolescentes por desconhecidos no Instagram e Facebook, além do controle parental das contas, e o X anunciou a formação de um departamento para eliminar o conteúdo de exploração sexual infantil.

No entanto, a CEO do X, Linda Yaccarino ponderou que a liberdade de expressão da rede social e a segurança da plataforma podem seguir juntos.

"O X acredita que a liberdade de expressão e a segurança da plataforma podem e devem coexistir"

Os legisladores dos Estados Unidos apoiam a regulação das redes sociais para proteger o conteúdo compartilhados nestas plataformas para proteger crianças e jovens de algoritmos que provoquem ansiedade e depressão.

Outro tema discutido entre os congressistas consiste em exigir a idade dos usuários das contas, restringindo o acesso para menores de 13 anos.

O congresso brasileiro também discute medida semelhante, onde há um projeto de lei que discute a proibição de acesso às redes sociais para menores de 12 anos.

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