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Inteligência artificial é "anabolizante para fake news", diz Alexandre de Moraes

Presidente do TSE está preocupado com o uso errado da tecnologia e novamente cobrou as responsabilidades das big techs

Inteligência artificial é "anabolizante para fake news", diz Alexandre de Moraes
"Não podemos permitir que essas Big Techs sejam consideradas empresas de tecnologia" discursa Alexandre de Moraes | Defensoria Pública da União
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cobrou as empresas de tecnologia no combate à desinformação e defendeu a regulamentação da IA, porque a tecnologia “anabolizou notícias fraudulentas”, durante um seminário em Brasília (DF).

Em discurso no seminário internacional “Inteligência Artificial, Democracia e Eleições”, que começou na terça-feira (21), o ministro do STF argumentou que as inteligências artificiais não são ruins, mas seu mau uso prejudica a democracia.

O presidente do TSE também discursou sobre a desinformação e o período eleitoral, defendeu a necessidade da elaboração de uma declaração internacional pelos direitos digitais dos indivíduos, a ser redigida e liderada pela ONU.

Moraes comentou que a IA “por si só não é má, nem boa, é um instrumento tecnológico importante que pode ser bem utilizado ou pessimamente utilizado”, mas que seu potencial pode ser usado por grupos extremistas para produzir desinformação e prejudicar as eleições.

“A inteligência artificial, anabolizando as fake news, pode mudar o resultado de uma eleição. Até que aquilo seja desmentido, até que chegue a versão verdadeira a todo o eleitorado, isso pode mudar milhares de votos. Consequentemente, isso pode fraudar o resultado da vontade popular", explicou Moraes.

O ministro ainda considerou que as empresas de tecnologia têm muito poder, agindo como empresas de publicidade, mídia e informação. Por isso, Moraes observa que elas devem ser responsabilizadas como as demais empresas de mídia.

Moraes considera que as big techs agem como empresas de mídia e informação e devem ter responsabilidades | Defensoria Pública da União
Moraes considera que as big techs agem como empresas de mídia e informação e devem ter responsabilidades | Defensoria Pública da União
"Não podemos permitir que essas Big Techs sejam consideradas empresas de tecnologia. São empresas de publicidade, de mídia, de informação, e como tais, devem ser responsabilizadas igual todas as demais".

No final do discurso, Moraes ressaltou algumas medidas tomadas pelo TSE como a criação de um canal para identificar e combater desinformação.

Além disso, ele lembrou que o tribunal já proibiu o uso de deepfakes nas eleições e criou regras para limitar o uso da IA em campanhas.

O encontro foi promovido pelo TSE e pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Assista a íntegra do discurso de Moraes:

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