Elon Musk questiona "censura" no Brasil em postagem de Alexandre de Moraes
Dono do X (antigo Twitter) agitou redes sociais ao republicar texto do ministro do STF e questionar: "por que vocês exigem tanta censura no Brasil?"
Elon Musk, o dono do X (antigo Twitter), agitou as redes sociais neste sábado (6) ao questionar a "censura" no Brasil, ao republicar um texto de três meses atrás do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que tratava de outro tema.
"Por quê vocês exigem tanta censura no Brasil?", escreveu Musk em sua repostagem no X.
O post original foi publicado no início de janeiro por Moraes. Parabenizava o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski pela nomeação para o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Musk listou ainda as decisões de Moraes, o citou nominalmente e questionou as ordens de bloqueio de contas da rede social no Brasil.
"A X Corp. foi forçada por decisões judiciais a bloquear determinadas contas populares no Brasil. Informamos a essas contas que tomamos tais medidas", escreveu Musk.
A publicação teve comentários de políticos brasileiros. Moraes não comentou as publicações do empresário das redes.
"Não sabemos os motivos pelos quais essas ordens de bloqueio foram emitidas. Não sabemos quais postagens supostamente violaram a lei". questiona o dono da X.
"Estamos proibidos de informar quais contas foram afetadas. Somos ameaçados com multas diárias se não cumprirmos a ordem. Não acreditamos que tais ordens estejam de acordo com o Marco Civil da Internet ou com a Constituição Federal do Brasil e contestaremos legalmente as ordens no que for possível."
"O povo brasileiro, independentemente de suas crenças políticas, têm direito à liberdade de expressão, ao devido processo legal e à transparência por parte de suas próprias autoridades", finaliza Musk.
Os ataques de Musk diretos ao STF e a Moraes foram publicados após acusações de "censura" no Brasil feitas por Michael Shellenberger, jornalista norte-americano, na última semana.
O ministro é o relator de processos em que a empresa X foi proibida de manter postagens radicais de bolsonaristas e envolvidos com a tentativa de golpe de Estado na internet. Os processos ainda estão em andamento no STF.