BNDES investe R$ 500 milhões para financiar fábrica de carro voador da Embraer
Unidade fabril será construída na cidade de Taubaté, no interior paulista
Cido Coelho
A Eve Air Mobility, empresa de carros voadores, ou eVTOL, da Embraer, anunciou nesta terça-feira (13) a assinatura de um contrato de financiamento de R$ 500 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o construção da sua primeira fábrica dos veículos, que será erguida em Taubaté, no interior de São Paulo.
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A negociação teve início em 2022, quando o banco estatal aprovou uma linha de crédito de R$ 490 milhões para apoiar o desenvolvimento do eVTOL da Eve.
“Este financiamento será fundamental para a instalação de nossa unidade de produção do eVTOL, que não será apenas a primeira do gênero no Brasil, mas também funcionará com energia limpa e renovável, em alinhamento com nosso compromisso com a sustentabilidade”, declarou Johann Bordais, CEO da Eva.
O financiamento será composto por subcréditos de fontes nacionais e internacionais, com prazo de 16 anos.
Com esse investimento, a empresa espera fabricar até 480 aeronaves por ano, com planos de expandir a capacidade de produção local de forma modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada.
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A fábrica será instalada dentro da unidade já existente da Embraer em Taubaté.
O 'carro voador' da Eve conta com oito rotores dedicados ao voo vertical e asas fixas para o voo de cruzeiro, sem qualquer alteração na posição desses componentes durante o voo.
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O veículo é equipado com um sistema de propulsão elétrica alimentado por motores elétricos duplos, que fornece redundância de propulsão para garantir altos níveis de desempenho, segurança e baixos custos operacionais.
Fila de encomendas do eVTOL
A Eve já tem cartas de intenção de compra para 2.900 veículos voadores de 30 clientes em 13 países, com potencial de receita de US$ 14,5 bilhões.
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“O BNDES possui o instrumento necessário para garantir a competitividade internacional às empresas nacionais, por meio do Programa BNDES Mais Inovação, que já contribuiu R$ 8 bilhões em créditos desde 2023”, explicou o presidente do banco estatal, Aloizio Mercadante.
Os primeiros modelos deverão ser entregues a partir de 2026.
