Acabou o amor: OpenAI proíbe namoro com o ChatGPT
Empresa não quer envolvimento romântico entre humanos e inteligência artificial
Cido Coelho
A OpenAI criou uma loja de aplicativos de inteligência artificial, a GPT Store. Ali é possível encontrar mais de 3 milhões de versões personalizadas do ChatGPT, além de ferramentas específicas e jogos. Porém, começaram a aparecer na loja virtual versões da IA para namoro, e isso tem irritado a empresa de Sam Altman.
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A OpenAI é contra o relacionamento entre humanos e sua IA, e age tentando impedir os romances derrubando os bots.
A política de uso da OpenAI proíbe "GPTs dedicados a oferecer companheirismo romântico ou realizar atividades reguladas". Ou seja, nada de amor digital por aqui.
Os desenvolvedores não desistem da ideia e lançam versões mais discretas ou clandestinas de comercializar seus GPTs, usando apelidos como "querida".
Aplicativos como "Namorada Coreana", "Namorada Virtual", "Sua namorada Scarlett", "Virtual Sweetheart" ou "Tsu, sua namorada de IA" estão entre as várias opções de aplicativos de IA para namoro.
Existe demanda, mas há resistência
As empresas de tecnologia ainda não têm segurança para abrir esta frente de inovação por receio de que os usuários ainda não estejam preparados para esse tipo de relacionamento.
Logo, políticas são criadas para impedir esse tipo de situação.
Até o momento, apesar de o relacionamento entre IA e humanos cada vez mais entrar em evidência, ainda não há clareza sobre os benefícios e potenciais riscos desse tipo de interação. O cinema chegou a imaginar os possíveis resultados da IA na vida amorosa das pessoas no filme "Ela" ("Her"), em que Scarllet Johansson faz a voz de Samantha, a assistente virtual por quem Theodore (interpretado por Joaquin Phoenix) se apaixona.