Acabou a briga: TikTok e Universal selam a paz e rede social volta a ter músicas
Além de pagamento de royalties, contrato determina proteção contra músicas geradas por inteligência artificial sem autorização
Cido Coelho
Após muita briga e controvérsias no começo do ano, a rede social chinesa TikTok e a norte-americana Universal Music Group (UMG) selaram a paz e fecharam um acordo de licenciamento musical. Agora a biblioteca de músicas da Universal volta a ficar disponível na rede social, para a alegria dos usuários.
Todas as músicas originais removidas dos vídeos e publicações em janeiro, após o desacordo entre as empresas, também serão recuperadas.
Além do pagamento de royalties pelo uso das músicas, o novo acordo inclui proteções contra o uso da inteligência artificial generativa para proteger a biblioteca de canções da gigante musical.
Agora, será possível colocar nos vídeos as canções de Ivete Sangalo, Queen, Beatles, entre outros artistas, sem receio de ser derrubado na rede social.
Briga começou em janeiro
A confusão começou em janeiro, quando aconteceu o anúncio do fim do contrato entre a Universal e o TikTok, sob aviso de que várias músicas com direitos autorais da gravadora seriam removidas da rede social.
Com isso, muitos vídeos ficaram sem som e usuários tiveram que esquecer por um tempo as músicas de propriedade da Universal para usar nas dancinhas.
A Universal acusou a plataforma chinesa de não pagar direitos pelo uso das músicas e apontou que a rede social promovia e incentivava o uso da inteligência artificial. Havia o receio de que o estímulo dessa tecnologia para criar músicas derrubasse o valor das canções da gravadora que a empresa teria a receber.
Agora, com o acerto entre as partes, as duas empresas devem trabalhar juntas para proteger o trabalho artístico, melhorando a remuneração, garantindo o direito autoral e os recursos que são destinados para os produtores musicais.
O TikTok prometeu retirar da sua plataforma as músicas geradas por IA criadas sem autorização, além de melhorar as ferramentas de atribuição de créditos.