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Israel boicota Web Summit após criticas do criador do evento: "declarações ultrajantes"

Paddy Cosgrave publicou nas redes sociais que "crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados"

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paddy cosgrave, fundador do web summit
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"Crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados".

Com esta declaração na rede social X (antigo Twitter), na 6ª feira (13.out), o fundador e CEO do evento Web Summit, Paddy Cosgrave, despertou a ira governo de Israel e do mercado de tecnologia israelense, considerado um dos maiores do setor. 

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A declaração foi uma crítica sobre as ações de resposta do governo de Israel ao grupo palestino Hamas, que atacou o território israelense em 7 de outubro. Cosgrave falou sobre a acusação da organização Human Rights Watch em que Israel estaria violando as leis internacionais de guerra ao usar fósforo branco nos ataques.

Esta resposta gerou reação do embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, que respondeu à declaração do irlandês anunciando que o país não vai participar da edição 2023, que acontece entre os dias 13 e 16 de novembro, em Lisboa, Portugal.

Além disso, Shapira disse que empresas integrantes da "Startup Nation' não participariam da feira após "declarações ultrajantes" de Cosgrave sobre o conflito na região. E encorajou outras empresas a fazer o mesmo.

Investidores como Garry Tan (Y Combinator), Ravi Gupta (Sequoia Capital), Alex Rampell (Andressen Horrowitz), Ori Goshen (AI21Labs), David Marcus (Lightspark), Adam Singolda (Taboola) e entre outros repudiaram o comentário do criador da Web Summit e anunciaram o cancelamento de suas participações no evento em Portugal.

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O investidor de tecnologia Amit Karp afirmou que nunca mais participaria do evento e acusou Cosgrave de apoiar a "decaptação de bebês".

Pedido de desculpas com 'uma solução de dois Estados'

Após a polêmica, Paddy publicou um pedido de desculpas na rede social X repetindo o que falou antes, que "os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados e devem ser denunciados pelo que são" e que não cederia na sua opinião.

Logo depois, Paddy publicou novo pedido de desculpas, mais completo, no site oficial da Web Summit, onde argumentou sobre o que quis dizer sobre seu comentário no X (Ex-Twitter).

"Compreendo que o que disse, o momento em que disse e a forma como foi apresentado causou profunda dor a muitos. Para qualquer pessoa que ficou magoada com minhas palavras, peço desculpas profundamente. O que é necessário neste momento é compaixão, e eu não transmiti isso. Meu objetivo é e sempre foi lutar pela paz. Em última análise, espero de todo o coração que isso possa ser alcançado".

No texto ele ainda reforça o apoio do 'direito de Israel existir e de se defender', além de apoiar 'uma solução de dois Estados'. 

"Apoio inequivocamente o direito de Israel a existir e de se defender. Apoio inequivocamente uma solução de dois Estados. Como tantas figuras a nível mundial, também acredito que, ao defender-se, Israel deveria aderir ao direito internacional e às Convenções de Genebra ? ou seja, não cometer crimes de guerra. Esta crença aplica-se igualmente a qualquer Estado em qualquer conflito. Nenhum país deve violar estas leis, mesmo que tenham sido cometidas atrocidades contra ele", destacou Paddy em nota. 

Web Summit é considerado o maior evento de tecnologia e inovação do mundo, que conta com palestras, masterclasses e sessões de networking para os participantes | Divulgação/Web Summit

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