Brasil defende regulação das plataformas digitais na ONU
Carta do presidente Lula será lida na abertura da 1ª conferência da Unesco sobre internet
Nesta 4ª feira (22.fev), acontece a primeira conferência global sobre internet realizada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O Internet for Trust, que acontece na sede da agência, em Paris, França, terá na abertura a leitura da carta do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Nela terá a defesa de que as plataformas digitais sejam reguladas, para que elas garantam o funcionamento dos direitos humanos, da democracia e do Estado de Direito, "ao invés de enfraquecê-los".
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A defesa ocorre para que os debatedores e participantes da conferência busquem saídas para enfrentar a desinformação, mentiras e discursos de ódio.
Em sua conta na rede social Twitter, Lula destacou o evento e ressaltou que a carta é uma resposta ao convite que recebeu da diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.
"Desejo um ótimo debate para todos os participantes da Conferência, na expectativa de que ela aponte estratégias globais para enfrentar a propagação de mentiras e mensagens de ódio", diz o presidente Lula nas redes sociais.
Nesta quarta, a @UNESCO abre a Conferência 'Internet for trust', para debater e pensar caminhos para a confiabilidade da informação e proteger a liberdade de expressão e direitos humanos na Internet.
? Lula (@LulaOficial) February 21, 2023
Mais de 4 mil pessoas, entre representantes de governos, órgãos regulatórios, empresas digitais, universidades e sociedade civil, estarão nos dois dias do evento.
Entre os participantes estarão a jornalista vencedora do Nobel da Paz, Maria Ressa, a jornalista investigativa e vencedora do prêmio Pulitzer, Julia Angwin, e a relatora especial da ONU sobre o direito à liberdade de expressão, Irene Khan.
O Brasil será representado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o influencer digital Felipe Neto, a jornalista Patricia Campos Mello, o diplomata Santiago Irazabal Mourão e o chefe da área de Liberdade de Expressão e Segurança de Jornalistas da Unesco, Guilherme Canela.
