China quer produzir energia solar a partir de sua estação espacial
Tiangong terá um módulo para testar produção de energia solar no espaço
Cido Coelho
A China, que está construindo a estação espacial Tiangong, planeja testar novas tecnologias para produção de energia solar no espaço. As informações foram compartilhadas por Yang Hong, projetista-chefe da estação espacial, durante sua apresentação na China Space Conference.
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Segundo Hong, os braços robóticos externos da Tiangong sejam utilizados para testar a montagem de módulos, para formar um sistema de produção de energia solar no espaço.
De acordo com as informações do Space News, seria uma versão de testes do sistema, que ficaria em órbita, para instalar os paineis solares e outros equipamentos.
Os chineses esperam que nos testes, o sistema deverá verificar recursos variados, como a produção de energia e a transmissão dela, para fazer avanços em tecnologias experimentais, coleta de dados em órbita, além de ajudar a fazer compensação na emissão de carbono.
A China definiu em 2020 como meta de pico de emissão entre 2030 e a neutralidade de carbono até 2060.
O teste será "promover avanços em tecnologias individuais, acumular dados experimentais em órbita e fazer contribuições para a realização do pico de carbono e da neutralidade do carbono", disse Yang ao canal de notícias estatal CCTV.
Teste será feito em 4 fases até 2050
Na próxima fase, será feita na órbita geoestacionária, para possibilitar a transmissão de energia de alta precisão na distância de 35,8 mil km do espaço para a Terra.
As fases finais, agendadas para 2035 e 2050, estarão direcionadas para produção e transmissão de energia entre 10 MW e 2 GW.
Transmissão e energia sem fio do espaço
A Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), estatal fabricante de espaçonaves, que também produz os módulos para a estação espacial Tiangong, espera conduzir um 'experimento de transferência de alta tensão espacial e transmissão de energia sem fio' em órbita baixa da Terra em 2028.
