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Influencer fitness Renato Cariani é alvo de operação da PF contra tráfico de drogas

Agentes cumprem 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná

Imagem da noticia Influencer fitness Renato Cariani é alvo de operação da PF contra tráfico de drogas
PF desmantela esquema de tráfico e desvio de produto químico | Reprodução/instagram
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Na manhã desta 3ª feira (12.dez), a Polícia Federal desencadeou uma operação em São Paulo que investiga o tráfico de drogas e o desvio de um produto químico utilizado na produção de crack.

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O principal alvo da ação é a empresa Anidrol, uma indústria química localizada em Diadema, na Grande São Paulo, cujo sócio é o influenciador fitness Renato Cariani. Ele é conhecido por sua audiência de mais de 13,6 milhões de seguidores - 7,3 milhões no Instagram e 6,3 milhões no YouTube.

No ano passado, Cariani utilizou sua popularidade como plataforma para impulsionar a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. O influenciador promoveu uma live ao lado do político no Ironcast, com o médico e fisiculturista Paulo Muzy.

Na época, Cariani disse ter perdido cerca de 25 mil seguidores nas redes sociais, mas durante a entrevista de pouco mais de 2 horas, ganhou 200 mil novos inscritos na plataforma de vídeos, e a live chegou a ter no pico 396,1 mil espectadores.

Ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista com Renato Cariani e Paulo Muzy | Reprodução/Ironcast

A operação tem 18 mandados de busca e apreensão: 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e outro no Paraná. As investigações suspeitam do desvio de 12 toneladas de produtos químicos para a produção de mais de 19 toneladas de crack e cocaína. A Polícia Federal estima que, no mercado interno brasileiro, o quilo do crack seja comercializado por valores que variam entre US$ 3 mil (R$ 14.817,60) e US$ 5 mil (R$ 24.695,99).

Operação da PF realiza operação em residência de influenciador | Reprodução/SBT

A investigação teve início em 2022, após uma empresa farmacêutica multinacional alertar a Polícia Federal. A empresa estava recebendo notificações da Receita Federal por notas fiscais emitidas em seu nome, com pagamentos em dinheiro não declarados. A farmacêutica negou qualquer aquisição do produto, alegando desconhecer os fornecedores e os depósitos.

A partir dessa denúncia, a Polícia Federal iniciou uma apuração e identificou que, entre os anos de 2014 e 2021, o grupo investigado emitiu e faturou notas fiscais fraudulentas em nome de três grandes empresas: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica.

Produtos apreendidos em operação da PF | Reprodução/PF

A operação, realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de São Paulo e a Receita Federal, representa um desdobramento das investigações que, inicialmente, resultaram no pedido de prisão dos envolvidos. Embora o Ministério Público tenha se manifestado favoravelmente, a Justiça optou por negar as prisões.

*Estagiário sob supervisão de Camila Stucaluc

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