Novos bombardeios russos deixam pelo menos 9 civis mortos na Ucrânia
Ataque com mísseis hipersônicos foi o maior desde que a guerra completou 1 ano
SBT Brasil
A Rússia realizou, nesta 5ª feira (09.mar), o maior ataque contra a Ucrânia desde que a guerra completou um ano. Várias cidades ucranianas foram atingidas e, pelo menos, 9 civis morreram.
Os bombardeios começaram logo pela manhã. Na capital ucraniana, Kiev, onde o alerta de ataques aéreos durou cerca de 7 horas, um prédio residencial foi atingido.
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De navios, no Mar Negro, e de aviões de combate, na fronteira com a Ucrânia, a Rússia lançou 81 mísseis e ao menos 8 drones suicidas em 10 regiões da Ucrânia. Segundo o governo ucraniano, 34 mísseis e metade dos drones foram interceptados pelo sistema de defesa antiaéreo.
O Kremlin alegou que os ataques foram uma resposta à ação de ucranianos em seu território, na última semana, em uma operação não confirmada por Kiev.
O governo russo também admitiu o uso de mísseis hipersônicos, que os sistemas de defesa não conseguem detectar, e alegaram que os alvos foram estruturas militares e de energia.
As imagens, porém, contam outra história. Em Zolchivskyi e em Kharkiv, conjuntos de casas foram destruídos no bombardeio. Em Kherson, 3 pessoas morreram em um ponto de ônibus. Na região de Lviv, quase na fronteira com a Polônia, 5 mortes em outro bairro atingido.
Os ataques desta 5ª feira deixaram em evidência uma das questões mais graves deste conflito. Os reatores da usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, passaram boa parte do dia sendo resfriados por energia de geradores movidos a diesel. Essa é a última alternativa de emergência, a última a ser adotada quando não há outra possibilidade - e já é a sexta vez, desde o início do conflito, que a medida é necessária.
A usina foi tomada pelos russos, no ano passado, e está em uma área de batalhas e constantes bombardeios. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica diss estar abismado com o que está acontecendo.
"Estamos rolando dados e, um dia, não teremos sorte", declarou Rafael Grossi, alertando sobre a possibilidade de um acidente nuclear que poderá atingir boa parte da Europa.
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