O que é doença de Behçet, que afeta o filósofo Clóvis de Barros de Filho
Escritor disse que é "muito pouco provável que esteja vivo nos próximos cinco anos"; entenda condição rara
O filósofo Clóvis de Barros Filho, de 57 anos, falou sobre o diagnóstico de Doença de Behçet. Em entrevista ao Estadão, o escritor disse que é "muito pouco provável que esteja vivo nos próximos cinco anos" em consequência da condição. Ele está lançando o livro "Projeto de Vida: Caminhos Para Uma Vida Que Valha a Pena", refletindo sobre a jornada de vida.
+ Câncer inguinal que matou Anderson do Molejo é raro; entenda
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Behçet é uma doença incurável e autoimune que leva o próprio corpo a atacar seus tecidos.
Ainda segundo a SBR, os sintomas mais comuns são a presença recorrente de aftas, úlceras genitais, lesões de pele, dores articulares, inflamação nos olhos, alterações neurológicas, intestinais, inflamação e trombose em veias, além da formação de aneurismas em diferentes artérias.
+ O que é rabdomiossarcoma, câncer raro que foi confundido com rinite e matou menino de 13 anos
"Geralmente inicia-se com aftas bastante dolorosas, muitos anos antes do diagnóstico", informa a Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Quais são as causas?
As causas em geral são genéticas. Além disso, a doença pode ser desencadeada por infecções adquiridas pela pessoa ao longo da vida. O início ocorre mais comumente entre os 20 e 40 anos de idade.
A SBR ressalta que a condição é mais comum em países que fazem parte da antiga rota da seda, que se estende da Ásia ao Mediterrâneo, como Grécia, Turquia, Arábias, Israel, Coreias, China e Japão.
Diagnóstico
O diagnóstico de doença de Behçet é baseado nas manifestações apresentadas pelos pacientes e analisadas pelo médico. Além do reumatologista, podem ser indicadas consultas com dermatologistas e oftalmologistas para complementar o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento da doença de Behçet depende de quais órgãos foram afetados e é apenas sintomático, já que a doença não tem cura. Podem ser indicados antissépticos bucais, como o gluconato de clorexedine, além de corticoides. Em casos mais graves, podem ser indicados imunossupressores.
