SUS passa a oferecer técnica menos invasiva para o tratamento de estenose aórtica
Condição é uma obstrução do fluxo sanguíneo do coração causada por desgaste, comum em idosos com mais de 70 anos
O Ministério da Saúde regulamentou no SUS um procedimento pouco invasivo voltado para pacientes com estenose aórtica. A condição é uma obstrução do fluxo sanguíneo do coração causada por desgaste, comum em idosos com mais de 70 anos.
Aos 77 anos, Vera Cecília Barbosa conta que consegue manter o fôlego e praticar exercícios normalmente. Isso porque ela fez a cirurgia para correção da estenose aórtica há dois anos. “Faço musculação, alongamento e tai chi chuan duas vezes por semana no clube e uma vez particular com professor”, conta.
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A estenose aórtica consiste no estreitamento na válvula que bombeia o sangue para fora do coração. O doente sente cansaço, falta de ar, dores no peito e desmaios, além da possibilidade de morte súbita.
A cirurgia era feita de peito aberto, um risco para os pacientes mais velhos, segundo especialistas do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Os pacientes com mais de 70 anos podem morrer no procedimento, além de complicações como acidente vascular cerebral, complicações hemorrágicas, precisar de marca-passo, etc”, explica o cardiologista Fábio Sândoli.
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Agora, o tratamento evoluiu para uma técnica minimamente invasiva, que até então, no Brasil, era restrita aos hospitais privados. Agora, coberta pelo SUS, o procedimento deve beneficiar pelo menos sete mil pacientes.
O procedimento é realizado por meio de um catéter, que leva uma prótese desde a virilha até o coração. Ela é colocada dentro da válvula original do paciente, desobstruindo o canal de saída do sangue. “É um procedimento menos invasivo, que na maioria das vezes não necessita de anestesia geral, que não tem corte, incisão grande”, complementa Sândoli.