Rio de Janeiro confirma duas novas mortes por febre oropouche
Vítimas são duas mulheres, uma de 34 anos, moradora de Macaé, e outra de 23, de Paraty

SBT News
O Rio de Janeiro confirmou, nesta quarta-feira (21), duas novas mortes por febre oropouche. As vítimas são duas mulheres, uma de 34 anos, moradora de Macaé, e outra de 23, de Paraty.
De acordo com a secretaria estadual de Saúde, as duas tiveram os primeiros sintomas da doença em março deste ano, foram internadas e morreram dias depois.
Os casos são considerados isolados. Desde então, os municípios não registraram novos pacientes ou óbitos relacionados à doença.
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Em 2025, o estado registrou 1.581 casos, e três óbitos pela doença. Os municípios que mais concentram notificações de casos suspeitos são: Cachoeiras de Macacu (649); Macaé (502); Angra dos Reis (320); Guapimirim (168) e Paraty (131).
Em 2024, foram registrados 128 casos confirmados da doença, com predominância na cidade de Piraí.
O que é a febre oropouche?
A febre ou doença de oropouche é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
A transmissão ocorre principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas atuam como hospedeiros.
No ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros, e o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo, também pode transmitir o vírus.
Sintomas
- Febre de início súbito
- Dor de cabeça intensa (cefaleia)
- Dor muscular (mialgia)
- Dor articular (artralgia)
- Tontura
- Dor retro-ocular
- Calafrios
- Fotofobia
- Náuseas e vômitos
- Diarreia
Em alguns casos, podem ocorrer complicações mais graves, como acometimento do sistema nervoso central (meningite asséptica e meningoencefalite) - especialmente em pacientes com imunidade comprometida devido à outras doenças ou tratamentos - e ainda manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia).