Após queda de casos, prefeitura de Belo Horizonte decreta fim da epidemia de dengue

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, decretou, na quinta-feira (13), o fim da epidemia de dengue. A decisão, segundo ele, foi motivada pela queda nos atendimentos realizados pelas unidades de saúde do município. Nos primeiros dias de junho, foram pouco mais de 3 mil atendimentos, ante 193.216 realizados em março – mês com maior demanda.

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"Nós temos que tirar o chapéu e agradecer a equipe de saúde da prefeitura, os médicos, as enfermeiras, os técnicos de saúde, os auxiliares de enfermagem, toda a equipe que trabalhou incessantemente nos centros de saúde, nas UPAs, nos hospitais para fazer todo esse trabalho de proteção da comunidade do Belo Horizonte", disse o prefeito.

O decreto de epidemia de dengue foi publicado em fevereiro pela prefeitura de Belo Horizonte, quando a cidade registrou um expressivo aumento nos atendimentos relacionados às arboviroses, passando de 28.696 em janeiro para 118.312 no mês seguinte. Novos centros de saúde foram abertos, assim como três hospitais.

Considerando todas as unidades, foram realizados 500 mil atendimentos. O número é expressivamente maior que o registrado nas duas últimas epidemias, em 2016 e 2019, quando foram atendidas 189 mil e 168 mil pessoas, respectivamente.

Além de Belo Horizonte, o governo do Rio de Janeiro também decretou o fim da epidemia de dengue nesta semana. Conforme análise técnica do Centro de Inteligência em Saúde (CIS), da Secretaria de Saúde, o número de casos caiu 57% durante o mês de maio, confirmando uma queda das infecções por quatro semanas consecutivas no estado.

O que é a dengue?

A dengue é uma doença febril causada pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença costuma ter uma prevalência maior durante o verão – quando há mais períodos de chuva –, já que a água parada em galões e tonéis, por exemplo, auxilia no aumento de criadouros do mosquito.

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Os principais sintomas da dengue são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A doença pode progredir para formas graves, associadas ao extravasamento de plasma, hemorragias ou comprometimento de órgãos, que podem evoluir para o óbito.

Como se proteger?

• Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
• Deixe a caixa d'água tampada;
• Mantenha as piscinas limpas;
• Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
• Desobstrua calhas, lajes e ralos;
• Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
• Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
• Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;
• Use repelente.

Existe tratamento?

Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:

• Repouso;
• Ingestão de líquidos;
• Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
• Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.