Governo do Rio decreta fim da epidemia de dengue
Decisão foi baseada na queda consecutiva do número de casos no estado
O governo do Rio de Janeiro decretou o fim da epidemia de dengue no estado. A decisão, publicada no Diário Oficial de terça-feira (11), foi baseada em análises técnicas do Centro de Inteligência em Saúde (CIS), da Secretaria de Saúde. Segundo o monitoramento, o número de casos está em queda em todas as regiões há mais de um mês.
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A epidemia havia sido decretada pelo governo estadual em fevereiro, mês em que foram registrados mais de 91 mil casos prováveis de dengue. No mês de março, foram notificados 85 mil casos, número que caiu para 42 mil em abril. Em maio, a queda foi ainda mais acentuada, de 18 mil registros, número 57% menor que o mês anterior.
Já na última semana epidemiológica avaliada pelos técnicos da secretaria, entre 26 de maio e 1º de junho, foram registrados 1.467 casos prováveis da doença no estado.
“Os índices atuais são os mais baixos desde o início da epidemia de dengue no estado, o que nos deu tranquilidade para reavaliar a medida. Apesar disso, os cuidados devem continuar, com a população mantendo a checagem semanal para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti” disse a secretária de Saúde, Claudia Mello.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença febril causada pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença costuma ter uma prevalência maior durante o verão – quando há mais períodos de chuva –, já que a água parada em galões e tonéis, por exemplo, auxilia no aumento de criadouros do mosquito.
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Os principais sintomas da dengue são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A doença pode progredir para formas graves, associadas ao extravasamento de plasma, hemorragias ou comprometimento de órgãos, que podem evoluir para o óbito.
Como se proteger?
- Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
- Deixe a caixa d'água tampada;
- Mantenha as piscinas limpas;
- Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
- Desobstrua calhas, lajes e ralos;
- Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
- Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
- Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;
- Use repelente.
Existe tratamento?
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:
- Repouso;
- Ingestão de líquidos;
- Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
- Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.