Saúde

Novembro Azul: câncer de próstata deve ser o que mais mata homens no Brasil na próxima década

Especialistas alertam para importância da prevenção e exames regulares a partir dos 50 anos - ou antes, em casos de risco

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Estamos em novembro, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata — o chamado Novembro Azul. E os números são preocupantes: segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, esse tipo de tumor deverá ser o que mais mata homens no Brasil na próxima década.

Em apenas cinco anos, o número de mortes subiu para mais de 17 mil. Por isso, a prevenção é fundamental.

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O advogado Florestino Floriano descobriu a doença em estágio inicial, graças a exames de rotina. “Em um exame complementar, apareceu um nódulo dentro da próstata, que poderia ser maligno ou benigno”, contou.

Hoje, o câncer de próstata representa 29% de todos os casos de câncer em pessoas do sexo masculino no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são 16 mil novos diagnósticos por ano.

Entre 2020 e 2024, os óbitos causados pela doença passaram de 15.841 para 17.587. E a tendência é de crescimento, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia do RS, Ernani Rhoden. “O câncer de próstata vai ultrapassar o de pulmão em termos de mortalidade”, disse.

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O envelhecimento da população também influencia nos dados. A doença é mais comum com o avanço da idade e afeta principalmente as regiões Sul e Sudeste, que concentram maior expectativa de vida.

Por isso, o rastreio deve começar a partir dos 50 anos - ou aos 45, no caso de homens negros ou com histórico familiar. “Irmão ou pai com câncer de próstata são sinais para começar antes”, explicou o urologista Juan Victor Paiva.

Dois exames principais ajudam no diagnóstico: o PSA (exame de sangue) e o toque retal, que continua sendo o mais preciso. “Em 10% dos casos, o PSA não sofre alteração. Por isso o toque é tão importante”, reforçou o médico.

Entre os sintomas mais comuns estão sangue na urina ou no sêmen, aumento da frequência urinária e fluxo fraco.

Em alguns casos, o tratamento pode ser feito com medicamentos, mas a cirurgia ainda é indicada com frequência — muitas vezes, com o auxílio da robótica, o que facilita a recuperação.

Após a cirurgia, Florestino retomou a rotina e hoje faz questão de alertar outros homens. “Eu só descobri o câncer porque faço exames preventivos. Se eu não fizesse, não sentiria nada”, relatou.

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