Brasil

Abandono de animais cresce no fim do ano no Brasil, que soma 30 milhões de pets deixados nas ruas

Flagrantes mostram como esse crime se intensifica neste período; alguns deixam o pet amarrado a um poste, enquanto enxotam o bicho para fora do carro

Nesta época do ano, enquanto muita gente se prepara para viajar, cresce o número de pessoas que cometem um crime silencioso e cruel: o abandono de animais domésticos. Os pets são deixados nas ruas, sem água e sem comida. O número de casos no Brasil é alarmante. Segundo entidades de proteção animal, são cerca de 30 milhões de animais abandonados no país.

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Flagrantes mostram como esse crime se intensifica neste período. Animais são deixados por quem quer viajar e simplesmente se livra do pet, amarrado a um poste, sem água nem comida. Em outros casos, o tutor abre a porta do carro e enxota o animal, que fica desesperado tentando seguir quem o abandonou.

O Brasil tem leis contra essa crueldade, que podem levar a até um ano de prisão. Mesmo assim, a impunidade contribui para o aumento das estatísticas, mantendo o alto número de animais domésticos abandonados.

O mês de dezembro é dedicado à campanha de conscientização Dezembro Verde, que reforça a importância do cuidado responsável com o animal doméstico. A prática é tão comum que até uma creche de pets em São Paulo já abrigou animais abandonados.

O adestrador Alan Rubio relata situações frequentes no local. "O que as pessoas fazem: marcam o banho do cachorro, dão o telefone errado. Quando a gente finaliza o banho e liga para o tutor, o que acontece? Não atende, desliga o telefone", conta. Segundo ele, muitas vezes a solução é improvisada. "Nós colocamos câmeras do lado de fora, anotamos a placa do carro, mas não conseguimos localizar o responsável. A gente fica com o dog e posta na rede social para ver quem quer adotar", explica.

Calor pode ser fatal para os pets

O calor que incentiva tantas pessoas a viajar é o mesmo que pode matar o animal abandonado à própria sorte. As altas temperaturas também devem ser uma preocupação para o tutor amoroso e responsável. Em uma creche e hotel para cães, os animais recebem cuidados especiais para enfrentar o calor. Os focinhos estão com protetor solar, e a diversão na piscina ajuda a refrescar. Apesar de parecer luxo, a medida é necessária.

Cães e gatos têm poucas glândulas sudoríparas. A regulação térmica acontece principalmente pela língua e pelos coxins das patas. Por isso, qualquer medida para aliviar o calor deve levar em conta que eles não transpiram como os humanos.

Veterinários orientam cuidados simples para proteger os pets durante o calor intenso: colocar gelo na água, oferecer pedaços de frutas congeladas, fazer com que o animal deite em toalhas retiradas do freezer, passar gelo nas patas, molhar o chão e dar banho de mangueira.

A veterinária Daniela Boldrim reforça a importância de manter o ambiente fresco. "Deixar o ambiente sempre fresco, colocar ventiladores, bastante água, protetor solar e atenção à tosa. Muita gente acha que tem que tosar tudo, mas é importante sempre deixar alguns dedos de pelo para ajudar a regular a temperatura", orienta.

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