Saúde

Lesão no joelho: saiba como evitar cirurgia e preservar a qualidade de vida

Tratamentos modernos podem evitar procedimentos invasivos e ajudar na recuperação completa do joelho

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Homens participam de corrida de rua | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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As lesões de menisco estão entre as mais comuns do joelho e não atingem somente atletas. Elas podem acontecer durante partidas de futebol ou basquete, mas também em atividades cotidianas, como levantar-se de forma brusca ou carregar peso de maneira inadequada.

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O menisco é uma estrutura de cartilagem em formato de “C” que serve como amortecedor entre os ossos do joelho, absorvendo o impacto e ajudando a estabilizar a articulação. Quando ocorre uma lesão, seja por trauma repentino ou desgaste ao longo do tempo, aparecem sintomas como dor, inchaço, sensação de estalos e dificuldade para movimentar a perna.

No Brasil, milhares de pessoas enfrentam esse problema todos os anos, sendo uma das principais causas de procura por atendimento ortopédico.

Quando a cirurgia não é necessária

Existem diferentes tipos de lesão de menisco. Algumas são pequenas e estáveis, causando apenas desconforto leve; outras, mais graves, podem travar o joelho e prejudicar a mobilidade.

O diagnóstico é realizado por meio de exame físico e ressonância magnética, o que permite avaliar a gravidade e decidir o melhor tratamento. Ao contrário do que muitos pensam, nem toda lesão de menisco exige cirurgia. Lesões leves podem ser tratadas de modo conservador, com fisioterapia, fortalecimento muscular e uso de medicamentos para aliviar a dor.

Essa abordagem busca preservar ao máximo o menisco, já que sua retirada total ou parcial pode aumentar o risco de desenvolver artrose futuramente.

Pesquisas apontam que, em pessoas acima dos 40 anos com lesões causadas por desgaste, a fisioterapia pode oferecer resultados tão bons quanto a cirurgia em relação à dor e funcionalidade, mas com menos riscos.

O papel da reabilitação para manter o joelho saudável

Em casos mais graves, com fragmentos soltos no interior do joelho ou bloqueio da articulação, ou quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios, a cirurgia minimamente invasiva por artroscopia é indicada. Esse procedimento é feito com pequenas incisões e permite reparar ou retirar apenas a área danificada do menisco.

A reabilitação, contudo, é fundamental tanto para quem faz cirurgia quanto para quem segue o tratamento conservador. Os exercícios de fortalecimento dos músculos das coxas e do quadril, alongamentos e técnicas para melhorar o equilíbrio são essenciais para devolver estabilidade ao joelho e prevenir novas lesões.

O acompanhamento com fisioterapeutas e médicos é indispensável para garantir um retorno seguro às atividades habituais.

O principal desafio é conciliar a vontade de recuperar rapidamente o movimento com a necessidade de pensar no futuro da articulação. Preservar o menisco sempre que possível é a melhor forma de evitar a degeneração precoce das cartilagens e o surgimento de artrose.

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Em resumo: a cirurgia é necessária apenas em casos específicos, pois há muitas situações em que o tratamento não cirúrgico apresenta excelentes resultados. Com diagnóstico correto, orientação médica e dedicação à reabilitação, é possível superar a lesão de menisco e manter o joelho saudável por muito mais tempo.

Dr. Pedro Debieux Vargas Silva - CRM/SP 121.778 | RQE 73.908

Ortopedista | Fellow em artroplastia do joelho na Universidade Claude Bernard, Lyon – França (2011) | Membro da Brazil Health

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