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Saúde

Hipotireoidismo silencioso: entenda a condição que afeta a tireoide e pode passar despercebida

Na maioria das vezes, os sinais são leves ou até inexistentes

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O diagnóstico geralmente é feito por exames laboratoriais, já que os sintomas isolados não são suficientes para confirmar a condição - Freepik
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O chamado hipotireoidismo silencioso, ou subclínico, é uma alteração da tireoide que muitas vezes não apresenta sintomas evidentes. A condição ocorre quando o hormônio TSH está acima do normal, mas ainda abaixo de 10, enquanto os hormônios T3 e T4 permanecem dentro dos limites adequados.

Segundo especialistas, em alguns pacientes os anticorpos antitireoidianos, como o antiperoxidase e o antitireoglobulina, podem estar alterados, principalmente nos casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que ataca a glândula.

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Na maioria das vezes, os sinais são leves ou até inexistentes. Entre eles estão: dificuldade para emagrecer, pele ressecada, intestino mais lento, sensação de frio, cansaço e queda de energia. Em alguns casos, pode haver também rebaixamento do humor.

O problema costuma aparecer após a gestação, durante o envelhecimento, em pacientes com tireoidite de Hashimoto ou pelo uso de medicamentos como amiodarona e lítio.

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O diagnóstico geralmente é feito por exames laboratoriais, já que os sintomas isolados não são suficientes para confirmar a condição. Médicos alertam para os falsos positivos: o uso de biotina, suplemento popular contra queda de cabelo, pode alterar de forma incorreta o resultado do TSH.

Quando tratar?

O início do tratamento exige cautela. Isso porque o uso de hormônios sem necessidade pode inibir a produção natural da tireoide. Em geral, a reposição é indicada quando o TSH ultrapassa 10 ou quando há sintomas relevantes.

A decisão também leva em conta a presença de anticorpos, alterações vistas em ultrassom e mudanças no tamanho da glândula. Não existe um protocolo único: cada paciente deve ser avaliado individualmente para definir se há real benefício em iniciar a reposição hormonal.

* Maurício Yagui Hirata é endocrinologista e membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein e Sírio Libanês - CRM - 59813 / RQE - 088604

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