Estudo aponta que uso prolongado de melatonina pode aumentar risco de problemas cardíacos
Pesquisa americana indica possível relação entre o uso contínuo de melatonina e maior risco de insuficiência cardíaca
SBT Brasil
O uso prolongado da melatonina — por pessoas que sofrem de insônia — pode aumentar o risco de desenvolvimento de problemas cardíacos. É o que aponta um estudo realizado por uma organização americana que financia pesquisas sobre a saúde do coração.
A substância já foi considerada uma solução para quem tem dificuldade para dormir, e não é raro encontrar pessoas que recorrem à melatonina para tentar melhorar a qualidade do sono.
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A melatonina é um hormônio natural produzido pelo corpo humano, responsável por regular o relógio biológico. No entanto, a versão comercializada em farmácias e lojas de suplementos é sintética, produzida em laboratório.
De acordo com resultados preliminares de uma pesquisa da American Heart Association, o uso prolongado da melatonina sintética pode aumentar o risco de insuficiência cardíaca. Os participantes do estudo que faziam uso do hormônio apresentaram uma probabilidade quase três vezes e meia maior de serem hospitalizados com insuficiência cardíaca, em comparação com aqueles que não utilizavam o suplemento.
Apesar de ainda não terem sido publicados em revistas científicas, os resultados acenderam um alerta entre os especialistas.
Segundo a neurologista Dalva Poyares, os cientistas ainda precisam entender melhor como a melatonina atua em diferentes órgãos do corpo.
“Existem receptores onde a melatonina atua não só no cérebro, mas em alguns órgãos, como fígado e pulmão. Esses efeitos no organismo, além do cérebro, precisam ser mais estudados. Então, não dá para afirmar que a melatonina causaria, por exemplo, uma insuficiência cardíaca, mas são necessários novos estudos para confirmar ou não essa avaliação preliminar.”
A especialista reforça que o uso do hormônio deve ser feito com acompanhamento médico. "É muito difícil dizer que algo é completamente seguro. Tudo precisa de critério e orientação médica”, complementa.









