"Estratégia casulo": Maíra Cardi diz que vai exigir vacina para visitar sua filha; atitude é correta?
Método consiste em vacinar não apenas a gestante, mas também todos os adultos que terão contato próximo com o recém-nascido; entenda

Wagner Lauria Jr.
A influenciadora Maíra Cardi anunciou que pretende adotar medidas de segurança para proteger a filha que espera com o empresário Thiago Nigro.
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Entre elas, está a exigência da vacinação com a dTpa por parte de qualquer pessoa que deseje visitar o bebê nos primeiros meses de vida, em uma método conhecido como "estratégia casulo".
"Você protege todo mundo que vai ter contato com o bebê e vai ser cuidador, toma o reforço da dTpa, que é contra difteria, tétano e coqueluche, para evitar coqueluche neonatal, que é uma coisa grave", disse o médico que realizava o exame em Maíra durante o vídeo.
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Depois disso, a influenciadora completou: “Ou seja, a galera que vai ter contato nesses três primeiros meses tem que se vacinar”.
O que é o método casulo?
O conceito casulo foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e consiste em vacinar não apenas a gestante, mas também todos os adultos que terão contato próximo com o bebê — como pai, avós, irmãos, tios, cuidadores e babás — especialmente contra a coqueluche, uma doença respiratória grave para crianças pequenas.
A vacina dTpa protege contra difteria, tétano e coqueluche. Sua aplicação é indicada a partir da 20ª semana de gestação, pois os anticorpos gerados pela mãe atravessam a placenta e oferecem proteção ao bebê até que ele possa completar seu próprio calendário de vacinação, o que ocorre por volta dos seis meses. Além disso, esses anticorpos também são transmitidos pelo leite materno.
O Ministério da Saúde recomenda que a vacina dTpa seja reforçada a cada 10 anos para a população em geral, ou a cada cinco em caso de ferimentos graves. Já para gestantes, a vacinação deve ser repetida em toda nova gravidez, independentemente do intervalo entre elas.
Atitude é correta?
A decisão de Maíra Cardi de restringir o contato físico com o bebê e limitar as visitas aos familiares vacinados também está alinhada com orientações pediátricas. Visitas na maternidade, por exemplo, são contraindicadas, pois a família vive um período de adaptação, segundo a neonatologista do Hospital Pequeno Príncipe, Silmara Aparecida Possas.
“Esse é um momento do nascimento de uma mãe e seu bebê, com a necessidade de criarem laços e, principalmente, adaptarem-se à rotina de cuidados e amamentação”, explica.
E após a chegada do bebê em casa?
Silmara ressalta que, com o bebê já em casa, as visitas devem ser restritas a pessoas vacinadas até os 3 meses de vida do bebê, depois que o recém-nascido também receberá as primeiras vacinas.
Além disso, é recomendado evitar tocar na criança, exceto se as mãos e roupas estiverem higienizadas; beijos também devem ser evitados, uma vez que as gotículas podem estar contaminadas por vírus.
De acordo com o Hospital Pequeno Príncipe, em casos de tosse, secreção nasal, febrícula, indisposição, ou ainda se a pessoa teve contato com pessoas contaminadas, a visita deve ser suspensa.
Pegar o bebê no colo requer cuidados extras. É indicado que o visitante utilize um paninho próprio do bebê sobre a roupa, higienize bem as mãos e evite o contato caso a criança esteja dormindo.
Além disso, é necessário disponibilizar à mãe o espaço e privacidade para amamentação em ambiente calmo e seguro, sem a intervenção dos visitantes, de acordo com Hospital Pequeno Príncipe, com o tempo de visita recomendado de até 30 minutos.