Equipes do Mais Médicos estão autorizados a atender em locais de emergência no RS
Profissionais poderão realizar atendimento fora das UBSs e dos municípios em que atuam, segundo medida excepcional do Ministério da Saúde
Por causa das cheias no Rio Grande do Sul, equipes do Programa Mais Médicos vão poder realizar atendimentos em serviços das vítimas em abrigos e tendas.
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A nova abordagem do Ministério da Saúde para enfrentar a crise é uma medida excepcional, divulgada pela pasta na noite de segunda-feira (13).
Profissionais formados em universidades brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil, com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), estão autorizados a atuar fora das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
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Os médicos que estão ilhados em cidades diferentes das que costumam trabalhar podem exercer a profissão nos municípios em que estão.
Segundo a nota técnica, esses profissionais de saúde podem trabalhar em plantões e pontos emergenciais para a população gaúcha, conforme a necessidade local.
Somente no Rio Grande do Sul, o Programa Mais Médicos conta com 1,5 mil profissionais espalhados em 300 cidades.
“Contamos com a mobilização desses profissionais para prestar apoio no cuidado à população gaúcha”, disse o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço.
Os profissionais intercambistas com Registro Único do Ministério da Saúde (RMS) só podem atuar na atenção primária, ainda que em horário estendido ou nos finais de semana, sendo vedado o atendimento em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais.
"Nossa primeira orientação aos profissionais tem sido para que se coloquem em segurança junto à família ou conhecidos. Para quem não conseguir voltar ao seu município, a recomendação é que busque um gestor local e se apresente para ficar à disposição nos abrigos, ginásios, tendas improvisadas e locais montados para apoiar no atendimento à população", acrescenta Mario Vieira Marques Neto, referência regional do programa no Rio Grande do Sul.
Reconstrução
O Ministério da Saúde prepara um plano de reconstrução para os serviços de saúde do Rio Grande do Sul.
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“Algumas ações precisam esperar a redução do nível da água, para vermos o que precisa ser recuperado. No caso do Rio Grande do Sul, 135 unidades básicas de saúde foram selecionadas no Programa de Aceleração do Crescimento , o PAC. Então, teremos um olhar importante neste plano de reconstrução”, disse a ministra da pasta Nísia Trindade, em reunião com membros do governo federal, estadual e dos municípios, na Assembleia Legislativa do estado.