Covid-19 responde por 63% das mortes por síndrome respiratória aguda grave
Boletim da Fiocruz aponta para predominância do vírus em adultos e idosos
A Covid-19 representa 30% dos casos positivos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. É o que aponta o último boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na noite de quinta-feira (10). Segundo os dados, a doença está ainda mais presente nos casos que acabaram em morte, sendo 63%.
Apesar do número, os pesquisadores observaram uma redução ou interrupção do crescimento dos casos de SRAG por Covid-19 na maioria dos estados. Apenas Minas Gerais e Pernambuco apresentaram sinal de alta, enquanto Acre e Pará registraram aumento das infecções, mas somente entre idosos.
Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, reforçou a importância da vacinação contra a Covid-19, especialmente para indivíduos que fazem parte dos grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidade. “É muito importante que os pais levem seus filhos para vacinar contra a Covid-19”, disse.
Outras recomendações incluem o uso de máscara em locais fechados - com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde -, principalmente para quem que mora em regiões onde tem se observado aumento de casos de SRAG. E em caso de aparecimento de sintomas, a pesquisadora afirmou que o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir o vírus.
Além da queda dos casos de SRAG po Covid-19, o boletim identificou a diminuição das infecções pelo rinovírus, que atinge principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos. O cenário foi constatado em quase todos os estados, com exceção de Santa Catarina e Pernambuco, onde se verificou aumento de ocorrências graves pelo vírus.
Desde janeiro, já foram notificados 141.147 casos de SRAG. Destes, (47,6%) foram notificados com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório 58.335 (41,3%) negativos, e cerca de 8.007 (5,7%) aguardando resultado laboratorial.
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Quanto aos casos positivos, 18.1% são influenza A, 1,1% influenza B, 38% vírus sincicial respiratório, 24,8% rinovírus e 19% Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 14,8% influenza A, 7,4% influenza B, 5,6% vírus sincicial respiratório, 30,1% rinovírus e 30% Sars-CoV-2.