Casos de superfungo são confirmados em Belo Horizonte; o que se sabe até agora?
Até o momento, quatro pessoas foram contaminadas pelo Candida Auris em um mesmo hospital de BH; há outros 24 casos suspeitos
Quatro casos de candida auris, conhecido também como Superfungo, foram detectados no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte até esta quarta-feira (16). De todos os infectados, dois já tiveram alta: um em 20 de setembro, e o outro, em 2 de outubro. Os outros dois permanecem internados.
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Além dos confirmados, há outros 24 casos suspeitos que aguardam o resultado dos exames, em análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) da Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Confira o que se sabe sobre o Candida Auris:
O que é o Candida auris? Quando foi descoberto?
O Candida auris é um fungo emergente, que costuma colonizar instrumentos, equipamentos e pacientes hospitalizados. Embora tenha sido descoberto em 2009, pouco se sabe sobre o C.auris, já que sua identificação depende de métodos especiíficos e de uma tecnologia complexa, concentrada em laboratórios de microbiologia especializados.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), infecções por C.auris ocorreram em vários países, incluindo Japão, Coreia do Sul, Índia, Paquistão, África do Sul, Quênia, Kuwait, Israel, Venezuela, Colômbia, Reino Unido. Estados Unidos e Canadá.
De que forma ocorre a transmissão e como evitar o contágio?
O C. auris sobrevive em ambientes hospitalares e sua a transmissão pode ocorrer após o contato com superfícies, equipamentos e entre pessoas contaminadas. Para evitar a disseminação, especialistas recomendam que o local de internação do paciente seja devidamente higienizado com produtos específicos.
Quais são os riscos?
O superfungo provoca infecções de corrente sanguínea, ferida cirúrgica e urinária. Para pacientes do grupo risco que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou passaram por procedimentos cirúrgicos, o C.auris representa uma ameaça maior.
Os principais sintomas incluem febre, fadiga e dores musculares e, segundo a Anvisa, o microrganismo é resistente aos principais medicamentos antifúngicos, comumente utilizados para tratar infecções por Candida.