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Saúde

Câncer de pulmão: como o diagnóstico precoce pode aumentar as chances de cura?

Estudos mostram que a tomografia computadorizada de baixa dose é eficaz na identificação de tumores em estágios iniciais; entenda

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Diagnóstico precoce aumenta as chances de cura do câncer de pulmão | Freepik
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O câncer de pulmão permanece como uma das principais causas de mortalidade por câncer no mundo, com desafios relacionados à prevenção, ao diagnóstico precoce e ao tratamento eficaz.

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Do ponto de vista do pneumologista, que está na linha de frente do cuidado respiratório, o manejo dessa doença envolve estratégias de triagem para o diagnóstico precoce, além de controle de fatores de risco e integração de terapias multidisciplinares que podem aumentar o sucesso do tratamento e as chances de cura.

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Diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso

A triagem para câncer de pulmão, especialmente em populações de alto risco, é uma ferramenta crucial para reduzir a mortalidade. Estudos como o National Lung Screening Trial (NLST) comprovaram que a tomografia computadorizada (TC) de baixa dose é eficaz na identificação de tumores em estágios iniciais, quando as chances de cura são significativamente maiores.

Pneumologistas têm um papel central na identificação de pacientes elegíveis para triagem, como fumantes com histórico de 20 maços/ano ou mais, e na interpretação dos resultados, em parceria com radiologistas.

Precisão diagnóstica

No diagnóstico, procedimentos como a broncoscopia são indispensáveis. Avanços técnicos, como a broncoscopia com navegação eletromagnética, permitem acesso a nódulos periféricos, aumentando a precisão diagnóstica. Outros aliados são as biópsias transbrônquicas guiadas por ultrassom endobrônquico (EBUS), que são altamente eficazes para amostrar linfonodos mediastinais, aprimorando o estadiamento e o planejamento terapêutico.

Prevenção

A prevenção é um dos pilares do trabalho do pneumologista no combate ao câncer de pulmão. Intervenções voltadas à cessação do tabagismo têm impacto direto na redução da incidência da doença. Programas de apoio, como terapia de reposição de nicotina e medicamentos como a vareniclina, são amplamente utilizados para auxiliar os pacientes a parar de fumar.

Além disso, conscientizar sobre outros fatores de risco, como exposição a poluentes atmosféricos, radônio e agentes ocupacionais (como o amianto), é uma parte vital da prática pneumológica.

O que pode melhorar a qualidade de vida do paciente?

O manejo do câncer de pulmão exige uma abordagem multidisciplinar. Pneumologistas frequentemente coordenam o cuidado inicial e encaminham os pacientes para oncologistas especializados.

Em casos de doença localmente avançada, o controle de sintomas respiratórios é prioritário. Intervenções como broncoscopia terapêutica, para desobstrução de vias aéreas, e pleurodese, para o manejo de derrames pleurais malignos, contribuem significativamente para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Quais são os avanços?

Novas tecnologias estão ampliando as possibilidades no manejo do câncer de pulmão. A broncoscopia robótica, por exemplo, oferece maior precisão na navegação e coleta de amostras. Além disso, a integração da radiômica e da inteligência artificial (IA) no diagnóstico possibilita formas mais personalizadas de cuidado, ajudando a prever a progressão da doença e a resposta ao tratamento.

No entanto, desafios permanecem. A alta mortalidade em estágios avançados e as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde continuam sendo obstáculos significativos. Garantir que os avanços tecnológicos e terapêuticos estejam amplamente disponíveis é essencial para melhorar a taxa de cura e a qualidade de vida dos pacientes.

*Felipe Roth Vargas é radiologista intervencionista credenciado pelo CRM: 155352-SP RQE Nº: 94668

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