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Saúde

Brasileira com doença dos seios gigantes relata dificuldades no dia a dia: "não consigo descer as escadas"

A publicitária Daiani Prates, de 30 anos, vai passar por cirurgia no próximo mês

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A publicitária Daiani Prates, de 30 anos, viralizou nas redes sociais com um vídeo em que conta as suas dificuldades de viver com gigantomastia, doença que faz com que os seios cresçam muito além do esperado.

Em seu perfil no TikTok, a jovem conta que os seios começaram a se desenvolver logo cedo, aos oito anos, e que aos 16 já tinha as mamas bem grandes. No entanto, o peso delas só se tornou um problema há cinco anos, quando as dores na coluna e os formigamentos nos braços começaram.

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“Não consigo dormir direito. Durmo sem sutiã porque é mais confortável, só que o peso dos seios acaba comprimindo um nervo no meu braço, o que faz com que eu sempre acorde com ele dormente. É horrível”, conta ela, que também relata dores nas costas.

Problemas no dia a dia

Além das dores, Daiani conta que o tamanho dos seios atrapalha as suas atividades no dia a dia. Ir à praia, pular corda e até subir escadas são um desafio.

"Não consigo descer as escadas. Até posso tentar, mas existe um grande risco de acontecer um acidente. Quando eu subo, não vejo o degrau na frente. Quando eu desço, não vejo nada do peito para baixo. Também não posso pular corda. Mesmo que eu use top bem reforçado, uma hora eles vão escapar, não adianta”, conta.

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“Fazer exercício é horrível. Também não consigo usar roupas tomara que caia, porque no meu caso, cai. Usar biquíni machuca e corta meus ombros por causa do peso das mamas. Por isso, na praia, acabo sempre usando um top na parte de cima”, complementa.

A cirurgia como opção

Daiani passará por uma cirurgia para diminuir os seios nos próximos meses. Apesar da possibilidade de realizar o procedimento pelo SUS, a publicitária conta que optou por um médico particular depois de ter problemas mais de uma vez para fazer a cirurgia de forma gratuita.

“Tentei duas vezes a cirurgia pelo SUS. Uma vez no início de 2019, antes da pandemia. Fui marcar consulta para o médico mais próximo da minha casa e não consegui nem o encaminhamento. O atendimento que eu tive foi tão ruim que ele me desencorajou a procurar outros atendimentos. Ele deixou bem claro que seria muito difícil e praticamente riu da minha cara, dizendo que tinham casos muito piores que estavam esperando há muito tempo”, conta.

“Já no ano passado, eu tentei novamente, e tive que entrar em uma lista de espera para conseguir marcar uma consulta com o cirurgião, para só depois entrar na fila de esperar para a cirurgia. Não estava disposta a esperar tanto tempo assim. Apesar de poder escolher meu médico, eu preferia muito mais fazer pelo SUS. Não é uma questão estética, eu realmente não ligo para a aparência deles desde que eles sejam pequenos. Eu só quero ter mais qualidade de vida”, complementa.

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Apesar de não ser tão conhecida como a cirurgia de aumento de mama com a colocação de prótese de silicone nos seios, a cirurgia de redução de mama é um procedimento bastante importante e necessário para a saúde de muitas mulheres.

Há muitas dúvidas sobre as possibilidades de realização da cirurgia de redução de mama pelo SUS e pelo plano de saúde. Por ser uma cirurgia plástica, questões ligadas a parte estética acabam sendo usadas como impedimento.

Para fazer a cirurgia de redução de mama no SUS (Sistema Único de Saúde), o primeiro passo é ir ao posto de saúde mais próximo a sua casa e solicitar o seu cartão SUS, caso ainda não tenha. Em seguida, marque e faça uma consulta com um médico da rede pública de saúde e solicite uma avaliação sobre o tamanho das mamas.

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O médico irá avaliar com base no relato da mulher sobre as dores sofridas por conta do tamanho dos seios. Provavelmente, ele irá encaminhar a paciente para realizar exames adicionais e depois dos resultados, poderá fazer o laudo de indicação para a cirurgia.

Com o laudo em mãos, a paciente entra na fila da cirurgia de redução de mama pelo SUS e aguarda a sua vez. Caso a cirurgia seja considerada de urgência, o atendimento pode ser agilizado com o encaminhamento da paciente a uma região com maior infraestrutura para a cirurgia.

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