Brasil ultrapassa marca de 6 milhões de casos de dengue em 2024
SP e MG seguem liderando ranking de infecções; número de mortes confirmadas chega a 4 mil
O Brasil ultrapassou a marca de 6 milhões de casos de dengue em 2024. Segundo dados do painel de monitoramento do Ministério da Saúde, até a madrugada desta segunda-feira (24), foram registradas 6.036.039 infecções prováveis da doença no país, elevando o coeficiente de incidência, para cada 100 mil habitantes, para 2972,5.
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O estado de São Paulo segue liderando o ranking de casos prováveis de dengue em 2024, com 1.842.393 ocorrências. Em seguida, aparecem os estados de Minas Gerais, com 1.629.598, Paraná, com 617.723, e Santa Catarina, com 342.346. Adultos entre 20 a 29 anos são os principais infectados, sendo a maioria do sexo feminino.
Em relação aos óbitos confirmados, o número chega a 4.060, enquanto outras 2.907 mortes estão sob investigação – isto é, para ver se há relação com a dengue. Este é o maior número de óbitos confirmado desde o início da série histórica no país, em 2000, superando o recorde de mortes registrado em todo o ano de 2023 (1.179 mortes).
Apesar do alto número de infecções e óbitos, a incidência da dengue está diminuindo no Brasil. Neste mês, o governo do Rio de Janeiro e a prefeitura de Belo Horizonte decretaram o fim da epidemia nos locais. Em ambos os casos, a decisão foi tomada devido à queda consecutiva de casos da doença, bem como dos atendimentos em hospitais.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença febril causada pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença costuma ter uma prevalência maior durante o verão – quando há mais períodos de chuva –, já que a água parada em galões e tonéis, por exemplo, auxilia no aumento de criadouros do mosquito.
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Os principais sintomas da dengue são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A doença pode progredir para formas graves, associadas ao extravasamento de plasma, hemorragias ou comprometimento de órgãos, que podem evoluir para o óbito.
Como se proteger?
- Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
- Deixe a caixa d'água tampada;
- Mantenha as piscinas limpas;
- Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
- Desobstrua calhas, lajes e ralos;
- Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
- Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
- Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;
- Use repelente.
Existe tratamento?
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:
- Repouso;
- Ingestão de líquidos;
- Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
- Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.