Brasil ultrapassa marca de 5 mil mortes por dengue em 2024
Ministério da Saúde já confirma 5.008 óbitos pela doença; outros 2.137 estão sob investigação
O Brasil ultrapassou a marca de 5 mil mortes por dengue em 2024. Segundo dados do painel de monitoramento do Ministério da Saúde, até esta quarta-feira (7), foram contabilizados 5.008 óbitos pela doença. Outras 2.137 mortes, por sua vez, estão sob investigação – isto é, para ver se há relação com a infecção.
+ Dengue: infectologista tira dúvidas sobre vacina, repelentes e sintomas
Este é o maior número de mortes confirmadas por dengue desde o início da série histórica do monitoramento pela pasta, em 2000. Até então, o número mais alto era o de 2023, quando, durante todo o ano, 1.179 pacientes morreram pela doença. Neste ano, a marca foi ultrapassada ainda no primeiro semestre, no dia 10 de abril.
Em relação aos casos prováveis de dengue, o número já chega a 6.449.380 – o que significa que o coeficiente de incidência da doença, para cada 100 mil habitantes, é de 3176,1. O estado de São Paulo continua liderando o número de infecções, com 2.066.346 registros. Em seguida, aparecem Minas Gerais (1.697.908) e Paraná (644.507).
Apesar do alto número de infecções e óbitos, a incidência da dengue está diminuindo no Brasil, com alguns estados já decretando o fim da epidemia. Em julho, o governo aumentou os recursos para a contratação de agentes de saúde em 735 municípios nos 7 estados que concentram 80% dos casos de dengue – incluindo São Paulo e Minas Gerais.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença febril causada pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença costuma ter uma prevalência maior durante o verão – quando há mais períodos de chuva –, já que a água parada em galões e tonéis, por exemplo, auxilia no aumento de criadouros do mosquito.
+ Mosquito da dengue ou pernilongo? Saiba como diferenciar insetos
Os principais sintomas da dengue são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A doença pode progredir para formas graves, associadas ao extravasamento de plasma, hemorragias ou comprometimento de órgãos, que podem evoluir para o óbito.
Como se proteger?
- Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
- Deixe a caixa d'água tampada;
- Mantenha as piscinas limpas;
- Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
- Desobstrua calhas, lajes e ralos;
- Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
- Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
- Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;
- Use repelente.
Existe tratamento?
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:
- Repouso;
- Ingestão de líquidos;
- Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
- Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.