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Saúde

“Brain rot”: o que significa a palavra do ano do dicionário de Oxford?

Termo foi empregado pela primeira vez no século XIX, mas hoje reflete a crescente preocupação com o impacto das redes sociais; entenda

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Usar celular em excesso pode causar a "Brain rot" | Freepik
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O dicionário da Universidade de Oxford elegeu o termo “brain rot” ("cérebro apodrecido" ou "atrofia cerebral", em tradução literal) como a palavra do ano de 2024.

+ "Manifestar" é eleita a palavra do ano pelo dicionário de Cambridge

O Dicionário de Oxford definiu o termo, em comunicado divulgado nesta segunda-feira (2), como "a suposta deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa, especialmente vista como resultado do consumo excessivo de material (principalmente conteúdo online) considerado trivial ou pouco desafiador".

A decisão, resultado de uma votação com mais de 37 mil participantes, reflete a crescente preocupação com o impacto das redes sociais na saúde mental.

Veja outras palavras que perderam a disputa:

"Lore" (um conjunto de conhecimentos ou informações que ajudam a compreender algo completamente);

"Romantasy" (junção de romance e fantasia em narrativas literárias);

"Slop" (conteúdo de baixa qualidade, especialmente gerado por inteligência artificial).

Em 2023, a palavra escolhida por Oxford foi “rizz”, habilidade de atrair outras pessoas por meio de estilo, charme ou atratividade.

Casper Grathwohl, presidente do departamento de linguagens de Oxford, destacou a autoconsciência das gerações Z e Alpha, que adotaram o termo amplamente. “Essas comunidades amplificaram a expressão nas redes sociais — o mesmo espaço que contribui para o ‘brain rot’ —, demonstrando uma abordagem irreverente e crítica sobre os impactos prejudiciais da vida digital que herdaram.”

História do "brain rot" começa no século XIX

O termo foi empregado pela primeira vez no século XIX pelo escritor Henry David Thoreau em seu livro “Walden, ou A vida nos bosques”. Na obra, ele critica a tendência da sociedade de priorizar ideias simples em detrimento de conceitos mais profundos.

“Enquanto a Inglaterra se esforça para curar a praga da batata”, escreveu Thoreau, “não haverá nenhum esforço para curar a praga do cérebro — que prevalece muito mais ampla e fortemente?”.

Atualmente, o uso de "brain rot" está associado ao impacto do consumo excessivo de conteúdo digital de baixa qualidade. Alguns dos sinais de "brain rot" descrito por alguns especialistas são letargia, neblina mental, diminuição da atenção e declínio cognitivo.

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