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Saúde

Banheiros públicos: quais são os reais riscos para a saúde e como se proteger

Como espaços coletivos, eles inevitavelmente concentram microrganismos, mas até que ponto representam uma ameaça?

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Quais são os riscos do banheiro público? | Freepik
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Seja em shoppings, aeroportos ou rodoviárias, em algum momento todos precisam usar banheiros públicos. Como espaços coletivos, eles inevitavelmente concentram microrganismos, mas até que ponto representam uma ameaça à saúde?

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O SBT News falou com a médica infectologista Renata Zorzet Manganaro de Oliveira, especialista em controle de infecção hospitalar do Hospital Beneficência Portuguesa de São José do Rio Preto (SP), para esclarecer os principais pontos.

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Banheiros públicos são realmente ambientes de risco para infecções?

Sim. A ciência já investigou amplamente a presença de vírus e bactérias nesses espaços. Estudos mostram que há contaminação microbiana significativa, principalmente em superfícies de alto contato, como maçanetas, torneiras manuais, botões de descarga e tampas de lixeira.

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Nessas áreas, os microrganismos podem permanecer viáveis por horas ou até dias, dependendo do tipo de material e da umidade. Por isso, é necessário ficar atento nesses locais (saiba mais abaixo).

Quais tipos de doenças podem ser transmitidas?

Diversas, entre elas:

  • Gastroenterites: causadas por E. coli, Salmonella, Shigella, Norovírus e Rotavírus;
  • Infecções de pele: provocadas por Staphylococcus aureus (incluindo o resistente MRSA) e Streptococcus;
  • Infecções respiratórias: como gripe, adenovírus e até coronavírus (incluindo o SARS-CoV-2);
  • Infecções urinárias: menos comuns, mas possíveis em determinadas condições de contato.

Usar papel protetor no assento ou duchinha faz diferença?

Sim. A eficácia varia:

  • Alta eficiência: ducha higiênica ou lenço umedecido.
  • Média eficiência: papel higiênico e assentos protetores descartáveis.

A melhor combinação, segundo a especialista, é: duchinha + papel (ou lenço) + lavagem correta das mãos.

Quanto tempo devo gastar lavando as mãos?

O recomendado é 20 segundos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Esse tempo garante a remoção adequada da maioria dos microrganismos.

Posso substituir a lavagem das mãos por álcool em gel?

Depende. O álcool 70% é eficaz contra a maior parte dos microrganismos, mas não remove sujeira visível, como fezes, gordura ou terra. Nesses casos, a lavagem com água e sabão é indispensável.

E os objetos pessoais, como bolsas e celulares?

É importante ter cuidado. Confira as orientações:

  • Evite colocá-los no chão ou na pia, locais altamente contaminados;
  • Prefira usar ganchos ou cabides, quando disponíveis;
  • Não leve o celular à boca ou rosto após usá-lo no banheiro;
  • Higienize regularmente com álcool isopropílico ou lenços desinfetantes.

Fechar a tampa da privada antes de dar descarga ajuda mesmo?

Sim, faz muita diferença. O ato de acionar a descarga libera uma “nuvem de aerossóis” (toilet plume) que pode conter bactérias fecais, vírus e gotículas contaminadas.

Por isso, fechar a tampa reduz significativamente a dispersão desses microrganismos no ar e nas superfícies próximas.

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