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Saúde

Anvisa rebate Trump ao destacar baixo risco no uso de paracetamol: "Não há registros de relação com autismo"

Agência esclarece que não há registros de ligação entre paracetamol e autismo e reforça histórico de uso seguro do medicamento no Brasil

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O paracetamol é classificado como medicamento de baixo risco com muitos anos de acompanhamento no Brasil, diz Anvisa. | Wikimedia Commons/Michelle Tribe
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota de esclarecimento após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que associou o uso de Tylenol (paracetamol) na gravidez ao autismo em crianças. O medicamento é registrado no Brasil e indicado para reduzir febre e aliviar dor de cabeça, no corpo, de dente, nas costas e cólicas menstruais.

Segundo a Anvisa, “no país, não há registros de notificações de suspeitas de eventos adversos que relacionem o uso de paracetamol durante a gravidez a casos de autismo”.

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A agência reforçou que o paracetamol “é classificado como medicamento de baixo risco e integra a lista de produtos que não exigem receita médica”, conforme a Instrução Normativa nº 265/2023. Essa classificação, segundo o comunicado, “é resultado de um histórico de uso seguro e amplamente estabelecido ao longo de muitos anos de acompanhamento”.

A nota ainda destacou que “as normas brasileiras para registro de medicamentos seguem critérios técnicos e científicos rigorosos, que asseguram qualidade, segurança e eficácia”. A Anvisa acrescentou que o monitoramento dos fármacos disponíveis à população é contínuo e feito em cooperação com agências reguladoras internacionais.

"Reforçamos que todo medicamento deve ser utilizado com orientação de profissionais de saúde, como médicos ou farmacêuticos, para garantir sua eficácia e prevenir efeitos indesejados", destacou a Agência no texto.

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OMS

Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também afirmou que não existem evidências científicas de que o uso de paracetamol durante a gravidez aumente o risco de autismo. O porta-voz da entidade, Tarik Jašarević, disse que as pesquisas que levantaram essa hipótese não foram confirmadas em estudos posteriores.

Trump, por sua vez, afirmou que a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) recomendaria evitar o uso do medicamento em gestantes, apesar da ausência de respaldo científico. O republicano também voltou a citar falsamente uma relação entre vacinas infantis e o desenvolvimento do autismo, tese rejeitada pela comunidade médica.

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