Poluição do ar aumenta riscos de osteoporose entre mulheres, diz estudo
Fonte do problema está à volta de todos: os gases que saem dos escapamentos dos carros e caminhões
Simone Queiroz
A ciência já sabia que a poluição tinha efeitos nocivos na saúde dos ossos, mas o estudo mais recente foi além: o experimento mostra que a poluição do ar aumenta o risco de osteoporose em mulheres, depois da menopausa.
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Os óxidos de nitrogênio são o grande vilão, afetando principalmente a coluna lombar de mulheres no período pós-menopausa. E a exposição a essas substâncias é praticamente inevitável. Basta estar na rua, ao lado de grandes avenidas, perto dos corredores de tráfego mais intenso. Isso porque a maior fonte destes óxidos é o escapamento de carros e de caminhões. Os óxidos geram um processo inflamatório no organismo, que reduz o número de células formadoras dos ossos, os osteoblastos. Automaticamente, aumenta o risco de osteoporose, que é a perda de massa óssea, o que pode causar fraturas sérias.
"Considero grave porque grande parte da população do brasil e do mundo vive em grande centros urbanos, então, todo mundo tá sujeito a poluição", alerta o ortopedista Adriano Leonardi.
A comerciante Andrea Almeida recebeu o diagnóstico de osteoporose aos quarenta e cinco anos: "Acordava com muita dor", conta ela. Andrea resolveu agir. O primeiro cuidado foi ficar mais atenta às rotinas do dia a dia. " O cuidado de não cair, subir e descer escada, evitar pisos irregulares, muito tapete. Tinha muito medo de cair ", admite ela.
Lá como cá
Nos Estados Unidos, são mais de dois milhões de fraturas relacionadas à osteoporose todos anos. No Brasil, cerca de dez milhões de pessoas sofrem da doença. Se não é possível limpar o ar à nossa volta, uma nova rotina pode fazer a diferença. A adoção de alguns hábitos cotidianos pode ajudar a manter nossos ossos fortes.
"Sono regular, alimentação adequada com bastante cálcio, derivados de leite, alguns peixes, salmão, sardinha, couve, chamados de vegetais verde escuro. E claro, atividade física regularmente. Comer, rezar e se exercitar" - Adriano Leonardi, ortopedista
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