Esquizofrenia: entenda doença do atirador de Novo Hamburgo que matou 3 pessoas
Edson Fernando Crippa, de 45 anos, também atirou contra a mãe, a cunhada, seis policiais e um guarda municipal
Edson Fernando Crippa, de 45 anos, foi identificado pela Brigada Militar nesta quarta-feira (23) como o homem que atirou e matou o próprio pai, o irmão e um policial militar em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. A mãe, a cunhada, seis policiais e um guarda municipal também foram baleados e ficaram feridos.
Além disso, segundo a investigação, ele tinha o diagnóstico de esquizofrenia.
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De acordo com o Chefe de Polícia Civil do RS, delegado Fernando Antônio Sodré de Oliveira, o atirador era CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e tinha registrado em seu nome quatro armas: duas pistolas, uma espingarda e um rifle. Durante as quase 10 horas de cerco, ele disparou "farta munição" contra os policiais. A perícia localizou na casa pelo menos 300 munições de pistola ainda não deflagradas.
O que é esquizofrenia?
Segundo o Hospital Albert Einstein, a esquizofrenia é uma doença mental que afeta como uma "pessoa pensa, sente e se comporta". Além disso, os pacientes com esse diagnóstico costumam perder o contato com a realidade, já que entre os principais sintomas estão dissociação entre o que é real e o que é imaginário por parte do indivíduo.
Além disso, a condição inclui alucinações, alterações da percepção, como “ouvir vozes”, como também visões e sensações não compartilhadas por outras pessoas, de acordo com a instituição.
A esquizofrenia também pode causar problemas de atenção, concentração e memória, perda de motivação e interesse nas atividades diárias.
Há quatro formas de manifestação dos sintomas da doença: paranoide (a mais comum, que se caracteriza por sensação de estar sendo perseguido e alucinações); hebefrênica (quando o paciente perde a motivação e tem uma espécie de embotamento afetivo); catatônica (olhar perdido e imobilidade física) e, por fim, a indiferenciada (com características de todas as outras).
Para tratar, geralmente são indicados medicamentos antipsicóticos, junto com acompanhamento psicológico e psiquiátrico.