Casos de Parkinson devem dobrar no Brasil até 2060, aponta estudo
Envelhecimento da população aumenta número de diagnósticos e exige atenção para tratamentos e qualidade de vida
Eduardo Pinzon
O número de casos da doença de Parkinson no Brasil deve dobrar nas próximas duas décadas. A estimativa é de um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em parceria com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
O Parkinson provoca a morte dos neurônios no cérebro. Com o tempo, os pacientes passam a apresentar movimentos mais lentos e o conhecido tremor. Atualmente, cerca de meio milhão de brasileiros com cinquenta anos ou mais convivem com a doença.
A pesquisa alerta para o aumento no número de casos nos próximos anos. Isso porque a população brasileira está envelhecendo. E, com mais idosos, cresce também a quantidade de diagnósticos de Parkinson.
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“A gente espera que no ano de 2060, a gente tenha em torno de 1 milhão e 200 mil pessoas diagnosticadas com Parkinson”, afirmou Arthur Schuch, chefe da Neurologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
A doença de Parkinson não tem cura. No entanto, existem medicamentos e terapias que ajudam a tratar os efeitos provocados por ela. Uma das práticas adotadas pela Associação Parkinson do Rio Grande do Sul é a caminhada com bastões.
“Nós temos relatos que pessoas que simplesmente não caminhavam chegavam aqui chorando. Ficavam sentadas e começaram aos pouquinhos com bastão, e hoje caminham muito bem utilizando o bastão”, contou a educadora física Luciane Duarte Rosa.
Quanto antes o diagnóstico for feito, melhor será a qualidade de vida dos pacientes.