Casos de conjuntivite disparam em SP e aumentam mais de 35% em 2025; internações sobem 51%
Crescimento também é registrado em Porto Alegre e Caxias do Sul. Especialista apontam clima seco e queda nos hábitos de higiene como causa
SBT Brasil
De janeiro a agosto deste ano, a Secretaria da Saúde de São Paulo registrou 74.507 atendimentos ambulatoriais por conjuntivite, um salto de 35,5% na comparação com igual período de 2024, quando houve quase 55 mil casos. As internações também cresceram, passando de 41 para 61, alta de 51%.
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A conjuntivite provoca inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a parte branca dos olhos. Os sintomas incluem vermelhidão, sensação de areia, lacrimejamento, coceira e acúmulo de secreção que costuma deixar os olhos grudados ao despertar. O avanço não é isolado. Porto Alegre registrou aumento de 47% nos casos em 2025, enquanto Caxias do Sul teve alta de 37%.
Especialistas apontam dois fatores centrais: o relaxamento dos hábitos de higiene após a pandemia e as condições climáticas. Segundo Caio Regatieri, professor da Unifesp, durante a Covid-19 houve uma queda expressiva nos casos porque as pessoas higienizavam as mãos com mais frequência. "Este ano foi muito mais seco. As partículas virais ficaram mais tempo no ar, o que contribuiu para o aumento das infecções”, afirma.
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A doença, altamente contagiosa, pode levar até duas semanas para ser curada e exige uso de medicamentos. A transmissão ocorre por contato com secreções ou objetos contaminados, situação enfrentada pela modelo Rúbia Ponick, que relatou ter contraído conjuntivite após tocar superfícies em um carro de aplicativo. “Na mesma noite já comecei a sentir uma areiazinha nos olhos. Abracei uma amiga e ela também acabou se infectando”, disse.







