EUA pediram documentos sobre crime organizado após ligação entre Lula e Trump, diz Haddad
Ministro da Fazenda afirma que pedido da embaixada norte-americana chegou após telefonema entre presidentes; documentos estão sendo traduzidos na Receita

Reuters
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (3) que recebeu da embaixada dos Estados Unidos um pedido de acesso a documentos sobre operações de combate ao crime organizado, após telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump.
Em entrevista coletiva, Haddad afirmou que os documentos estão passando por tradução na Receita Federal "para que essa ação seja efetivada".
De acordo com o ministro, as operações de combate ao crime organizado no Brasil agora ganharam um caráter transnacional com o telefonema de Lula ao presidente norte-americano.
Após a ligação nessa terça (2), classificada como "muito produtiva" pelo governo brasileiro, o Palácio do Planalto informou que Lula "ressaltou a urgência em reforçar a cooperação com os EUA para combater o crime organizado internacional".
Uma operação contra lavagem de dinheiro e sonegação tributária deflagrada na semana passada apontou operações irregulares com empresas constituídas nos Estados Unidos, com Haddad também tendo citado apreensões de armas vindas do país norte-americano.
Na entrevista desta quarta, que tratou de combate a problemas de saúde relacionados a jogos de azar, Haddad também citou bets como veículos para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
"Nós sabemos disso e isso vai ter desdobramentos muito rapidamente", disse, sem dar detalhes.
(Por Bernardo Caram)








