Polícia

Suspeito presta depoimento sobre morte de homem encontrado pelado em São Roque (SP)

Gabriel chega à delegacia e polícia reconstitui a madrugada em que Ronaldo foi encontrado gravemente ferido

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Gabriel Marques da Silva chegou à Delegacia de São Roque para prestar esclarecimentos sobre a morte de Ronaldo Dias da Silva. Ele desceu do carro oficial, evitou olhar para os lados, mas deu uma breve declaração à equipe de reportagem.

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Essa foi a primeira vez que o suspeito falou desde o início da investigação, que tenta esclarecer o que aconteceu na madrugada em que Ronaldo foi encontrado à beira da morte. A partir da chegada de Gabriel à delegacia, os investigadores começaram a reconstruir a cronologia do caso.

Horas antes da agressão, Ronaldo estava em um ponto movimentado da região. Ele conversou com amigos, bebeu e brincou. Nada indicava qualquer risco. Testemunhas afirmaram que, em determinado momento, Ronaldo comentou que levaria “um mano pra casa”. Esse “mano” era Gabriel.

Os dois deixaram o local juntos para um trajeto curto. Depois disso, Ronaldo não foi mais visto. A demora passou a preocupar quem estava no ponto de encontro. Pouco depois, surgiu a primeira informação grave: o veículo em que eles haviam saído foi encontrado batido e abandonado.

Testemunhas relataram que Gabriel estava no local do acidente, com manchas de sangue na roupa. Ele teria dito que havia agredido Ronaldo e o deixado em uma área isolada. Com essa informação, um morador da região iniciou buscas por conta própria e acabou encontrando Ronaldo.

O corpo estava no chão, inconsciente, sem roupas e com ferimentos por todo o corpo. Havia marcas de arrastamento, cortes profundos e uma fratura exposta. Apesar dos ferimentos graves, Ronaldo ainda estava vivo.

Durante o atendimento médico, ele chegou entubado. Os exames identificaram duas perfurações de faca: uma no quadril e outra no braço direito. A transferência para outro hospital estava sendo organizada, mas Ronaldo não resistiu.

Com os depoimentos coletados, a polícia montou a linha do tempo do caso: Ronaldo e Gabriel saem juntos; o veículo é encontrado batido; Gabriel aparece com sangue na roupa; ele admite a agressão à companheira; e Ronaldo é localizado ferido horas depois. Os documentos pessoais de Ronaldo foram encontrados com Gabriel, e a principal linha de investigação é latrocínio, o roubo seguido de morte.

Depois do crime, Gabriel fugiu. Moradores disseram que o viram caminhando pela região ao lado de uma jovem. Quando questionados sobre Ronaldo, os dois teriam desconversado. A jovem relatou à polícia que Gabriel confirmou a agressão.

A perícia na área, o exame necroscópico e novos depoimentos ainda estão em andamento. Gabriel havia deixado a região após o crime e era considerado foragido até ser encontrado pelos investigadores. Agora, com sua chegada à delegacia, a polícia registra oficialmente a versão dele e segue com o caso como latrocínio consumado, aguardando os laudos pendentes.

A madrugada, que havia começado de maneira comum, terminou em morte a poucos minutos do último lugar onde Ronaldo foi visto com vida. Em um dos registros, Gabriel afirma estar arrependido.

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