Vereador protocola novo pedido de CPI contra padre Júlio; veja quem apoiou
Proposta foi reformulada para investigar supostos abusos e assédio sexual contra pessoas em situação de rua
O vereador Rubinho Nunes (União) protocolou na Câmara Municipal de São Paulo, nesta quarta-feira (13), um novo requerimento de abertura de CPI que tem como alvo o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, mesmo sem mencioná-lo no texto. Dessa vez, a proposta foi reformulada para investigar supostos abusos e assédio sexual contra pessoas em situação de rua na capital paulista e reuniu as 19 assinaturas necessárias.
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No ano passado, o parlamentar do União Brasil protocolou outro pedido de CPI, para investigar ONGs que atuam na região central da capital paulista, em especial na Cracolândia. O pedido, que também não citava o pároco, foi protocolado com a assinatura de 21 vereadores. Após a repercussão e de ataques de Rubinho ao padre nas redes sociais, alguns vereadores retiraram o apoio.
No plenário da Câmara, ainda no dia 13, Rubinho agradeceu as assinaturas e pediu apoio de mais parlamentares:
"A CPI acaba de ser protocolada. Nosso objetivo é trabalhar pelo requerimento de preferência, para que ela seja instalada na Câmara de São Paulo. Então, desde já, solicito apoio aos demais vereadores no requerimento de preferência para protocolo e instalação agora da CPI", disse.
Quem foram os vereadores que assinaram a segunda proposta de CPI, segundo a assessoria de Rubinho Nunes:
- Adilson Amadeu (União)
- André Santos (Republicanos)
- Atílio Francisco (Republicanos)
- Cris Monteiro (Novo)
- Eli Corrêa (União)
- Ely Teruel (Podemos)
- Fernando Holiday (PL)
- George Hato (MDB)
- Isac Felix (PL)
- João Jorge (PSDB)
- Major Palumbo (PP)
- Marcelo Messias (MDB)
- Marlon Luz (MDB)
- Milton Leite (União)
- Rinaldi Digilio (União)
- Rodolfo Despachante (PP)
- Rubinho Nunes (União)
- Rute Costa (PSDB)
- Sansão Pereira (Republicanos)
O que é preciso para abrir uma CPI?
O regimento interno da Câmara define que os pedidos de CPIs precisam da assinatura de pelo menos um terço dos vereadores (19 dos 55). Cinco comissões podem ser instaladas ao mesmo tempo, mas, após a instauração das duas primeiras, as outras três – de caráter excepcional – precisam de aprovação em plenário pela maioria absoluta (mais de 50%) dos parlamentares.
Atualmente, três CPIs já estão em atividade na Casa: a dos Furtos de Fios e Cabos, a da Enel e a da Violência e Assédio Sexual Contra Mulheres.
Como são 55 vereadores, é preciso 28 votos para conquistar a maioria absoluta da Câmara de Vereadores de São Paulo. As cadeiras da Casa são divididas da seguinte forma: