Três ministros do STF não devem ser impedidos de entrar nos Estados Unidos
Oito magistrados foram afetados pela sanção norte-americana; Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux não devem ser incluídos na mais recente sanção americana

Hariane Bittencourt
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux não devem ser incluídos na determinação de suspensão de vistos americanos anunciada nessa sexta-feira (18) pelo secretário de estado dos Estados Unidos, Marco Rubio.
Em uma publicação nas redes sociais, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, escreveu que a revogação do documento afeta os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
Na mesma postagem, Gleisi criticou a decisão tomada pelo governo dos Estados Unidos após a aplicação de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ontem passou a usar tornozeleira eletrônica por determinação de Moraes. Durante o fim de semana ele está proibido de sair de casa.
"Essa retaliação agressiva e mesquinha a uma decisão do Tribunal expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país. O Brasil está com a Justiça, não com os traidores", escreveu.
Segundo a chefe das relações institucionais do Palácio do Planalto, apenas três ministros escaparam da retaliação norte-americana: Nunes Marques e André Mendonça, que foram indicados à Suprema Corte por Jair Bolsonaro, e Luiz Fux.
Visto cancelado
Em uma publicação feita ontem na rede social X, o secretário de estado dos EUA, Marco Rubio, citou uma "caça à bruxas" contra Bolsonaro e escreveu: "ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato".
Oficialmente, ao menos até a tarde deste sábado (19), os nomes dos "aliados" de Alexandre de Moraes não foram indicados pela Casa Branca.
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