Publicidade
Política

Trama golpista: PGR defende que general Braga Netto siga em prisão preventiva

Ex-ministro é acusado de tentar interferir em investigações sobre plano golpista ao fim do governo Bolsonaro; PF aponta tentativa de contato com Mauro Cid

• Atualizado em
Publicidade

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta terça-feira (20) que o general Walter Braga Netto permaneça preso por suspeita de tentar obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Braga Netto está preso desde 14 de dezembro de 2023, após a Polícia Federal (PF) apontar que ele teria buscado contato com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator da trama golpista.

+ Por unanimidade, STF rejeita denúncia contra dois acusados no caso Núcleo 3

No final de março deste ano, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou Braga Netto réu, ao lado de Bolsonaro e outros sete aliados, por participação na suposta conspiração. A defesa do general voltou a pedir sua liberdade após o recebimento da denúncia, mas a PGR manifestou-se contrária.

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ainda há risco de interferência nas investigações, mesmo após a denúncia ter sido aceita pelo Supremo.

“O oferecimento de denúncia não afasta automaticamente o perigo de interferência indevida na instrução criminal, que sequer foi iniciada e cujo curso regular deve ser resguardado até a sua conclusão”, escreveu Gonet.

Também nesta terça-feira (20), os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux votaram contra o recebimento da denúncia contra dois investigados: Cleverson Ney Magalhães e Nilton Diniz Rodrigues. Para os magistrados, as acusações eram frágeis e sem o mínimo de indícios para sustentar uma ação penal.

+ Trama golpista: veja como foi primeira sessão de julgamento do STF sobre denúncia contra "núcleo 3"

Trama golpista

De acordo com as investigações da Polícia Federal, uma tentativa de sequestro do ministro Alexandre de Moraes, do STF, quase foi executada em 15 de dezembro de 2022, na semana da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a PF, o plano contava com seis militares das Forças Especiais do Exército, posicionados em pontos estratégicos de Brasília, incluindo o Parque da Cidade, o próprio STF e o apartamento funcional de Moraes.

Os investigados se comunicavam por um grupo chamado “Copa 2022”, usando codinomes de países para ocultar suas identidades. O plano fazia parte de uma suposta conspiração organizada por militares e integrantes do alto escalão do governo Bolsonaro para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

*Com informações Agência Brasil

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade