Israel ataca hospital em Gaza e mata 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas
Um dos jornalistas trabalhava para a agência Reuters; mais de 240 jornalistas palestinos já foram mortos em ataques israelenses
SBT News
com informações da Reuters
Ataques de Israel na área do Hospital Nasser, no sul da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (25), mataram pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, informaram autoridades de saúde palestinas. Um dos jornalistas trabalhava para a agência Reuters.
+ ONU declara que mais de 500 mil pessoas passam fome em Gaza
O cinegrafista Hussam al-Masri, contratado da Reuters, foi morto no primeiro ataque, segundo as autoridades. O fotógrafo Hatem Khaled, que também era contratado da agência, ficou ferido em um segundo ataque, disseram as autoridades.
Autoridades no hospital e testemunhas disseram que Israel atingiu o local pela segunda vez, matando outros jornalistas, além de socorristas e médicos, que correram para o local do ataque inicial. A transmissão ao vivo da Reuters do hospital, operado por Masri, foi interrompida repentinamente no momento do ataque inicial.
Entre os jornalistas mortos estão: Mariam Abu Dagga, que trabalhava como freelancer para a Associated Press; Mohammed Salama, que trabalhava para a emissora Al Jazeera; Moaz Abu Taha, jornalista freelancer que trabalhou com diversas organizações de notícias, incluindo colaborador ocasional da Reuters; e Ahmed Abu Aziz.
+ Israel ameaça destruir Cidade de Gaza caso Hamas não concorde com termos de cessar-fogo
Em nota, as Forças de Defesa de Israel lamentaram o ocorrido: "O Chefe do Estado-Maior Geral deu instruções para que fosse realizado um inquérito inicial o mais breve possível."
"As Forças de Defesa de Israel lamentam qualquer dano causado a indivíduos não envolvidos e não têm jornalistas como alvo. As Forças de Defesa de Israel atuam para mitigar ao máximo os danos a indivíduos não envolvidos, preservando a segurança das tropas", finalizaram.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos condenou Israel pelos ataques, dizendo que representavam "uma guerra aberta contra a mídia livre, com o objetivo de aterrorizar os jornalistas e impedi-los de cumprir seu dever profissional de expor crimes ao mundo".
Mais de 240 jornalistas palestinos foram mortos por fogo israelense em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos.