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Tarcísio demite do governo de SP major que foi alvo de operação da PF contra Bolsonaro

Segundo investigações da Polícia Federal, Angelo Martins Denicoli participou de tentativa de golpe de Estado articulado pelo ex-presidente da República

Tarcísio demite do governo de SP major que foi alvo de operação da PF contra Bolsonaro
O governador Tarcísio de Freitas
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O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, demitiu da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli. A companhia confirmou nesta quarta-feira (14) que o desligamento ocorreu na segunda-feira (12), no meio do feriado de carnaval.

+ Tarcísio diz que irá a ato pró-Bolsonaro: 'Lealdade'

Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o militar teria participado da tentativa de golpe de Estado articulado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral.

O major foi alvo de ação de busca e apreensão – autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes – na Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF na semana passada.

+ Defesa de Bolsonaro cita eleições e pede autorização para contato com Valdemar Costa Neto

Por decisão da Justiça, o militar está proibido de manter contato com os demais investigados e de sair do país.

Integrante do 'núcleo de desinformação'

De acordo com a PF, Angelo Martins Denicoli fazia parte do núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, composto também pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres, entre outros.

Segundo as investigações, eles teriam atuado, prioritariamente, na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas e de "estudos" sobre a falta de lisura das eleições presidenciais de 2022, bem como sobre supostos registros de votos após o horário oficial e inconsistências no código-fonte das urnas.

De acordo com a PF, essa ação teria a finalidade de estimular seguidores de Bolsonaro a permanecerem na frente de quartéis e de instalações das Forças Armadas no intuito de criar o ambiente propício para a execução de um golpe de Estado.

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