Publicidade
Política

STF retoma nesta quinta (26) julgamento sobre responsabilidade das redes sociais por publicações de usuários

Placar está 8 a 2 em favor da responsabilização das big techs; Nunes Marques é o único ministro que ainda não votou

• Atualizado em
Publicidade

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (26) o julgamento sobre a responsabilização das redes sociais por conteúdos de usuários, no caso de postagens consideradas criminosas ou ofensivas pela Justiça. O placar está 8 a 2 em favor da responsabilização das big techs. A sessão que irá dar continuidade à análise está marcada para começar a partir das 14h.

Nunes Marques é o único ministro que ainda não votou. Após se manifestarem, magistrados da Corte vão definir a tese de julgamento – entendimento do STF sobre o tema que deve ser seguido por outros órgãos do poder Judiciário.

+ Cármen Lúcia vota em favor de responsabilizar as big techs por postagens de usuários

A divergência entre os ministros está na constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, sancionado em 2014. A lei afirma que os provedores de internet só podem ser responsabilizados caso decidam por não cumprir uma ordem judicial para a remoção de um conteúdo.

Como ministros votaram

A maioria dos ministros entendem que o artigo não oferece proteção suficiente e que a tecnologia atual é diferente da considerada na época em que a lei foi redigida.

Dias Toffoli e Luiz Fux defendem a inconstitucionalidade da norma. Os ministros Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia consideram a lei parcialmente inconstitucional.

+ STF forma maioria para responsabilizar plataformas por publicações de usuários

A ministra Carmen Lúcia afirmou durante voto, nessa quarta (25), ter preocupação com o aumento da censura nos últimos anos e que a remoção obrigatória apenas por notificação pode afetar a liberdade de expressão.

Os ministros André Mendonça e Edson Fachin votaram em favor da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil. Mendonça afirmou que as plataformas têm o direito de fazer uma moderação própria e defender a liberdade de expressão. Fachin afirmou que um novo entendimento sobre a responsabilização das plataformas não pode partir do Judiciário.

+ Edson Fachin diverge da maioria do STF e vota contra responsabilização das big techs

Entenda julgamento

O que está em julgamento no STF é a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil, que estabelece os diretos e deveres para o uso da internet no Brasil. Esse dispositivo prevê que, para garantir a liberdade de expressão e impedir a censura, as plataformas só podem ser responsabilizadas por conteúdos publicados pelos usuários caso se recusem a cumprir decisões da Justiça.

Os 11 ministros do STF julgam dois recursos, um do Facebook e outro do Google, que discutem a responsabilização das plataformas por publicações feitas por terceiros nas redes sociais. O julgamento também analisa se conteúdos podem ser removidos sem necessidade de ordem judicial.

Ao final do julgamento, a expectativa é de que haja mudanças no atual formato de responsabilização das plataformas, suprindo parte do que estava sendo discutido no Projeto de Lei das Fake News, que não avançou no Congresso Nacional.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade