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Política

Sindicato dos funcionários do Banco Central critica ataque dos EUA ao Pix

Sindicato afirma que investigação norte-americana contra o método de pagamento “acendeu um alerta” à soberania financeira do país

Imagem da noticia Sindicato dos funcionários do Banco Central critica ataque dos EUA ao Pix
O Pix é um sistema de pagamento instantâneo | Reprodução
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O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) defendeu o Pix das críticas feitas pelo Governo dos EUA. A investigação norte-americana contra o método de pagamento “acendeu um alerta” aos riscos à soberania financeira nacional, diz o sindicato em manifestação, nesta quinta-feira (17).

O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação comercial contra o Brasil. O Pix é analisado pelos governo Trump como uma “prática desleal”. O presidente norte-americano havia mencionado a intenção de apurar as práticas comerciais do Brasil em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que também anunciou taxação de 50% sobre produtos brasileiros.

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O sindicato defendeu o modelo de pagamento desenvolvido pelo Banco Central (BC) e afirmou que o Pix “revolucionou o sistema financeiro” ao permitir pagamentos instantâneos e sem custos.

“O Pix é um sistema eletrônico de pagamentos instantâneo, gratuito para pessoas físicas, desenvolvido pelos servidores do Banco Central do Brasil e lançado em 2020. Com mais de 175 milhões de usuários, o Pix revolucionou o sistema financeiro nacional ao permitir transferências e pagamentos em tempo real, sem custos”, diz a nota.

A nota também criticou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65/2023 que propõe transformar o Banco Central em uma entidade de direito privado. O texto está em tramitação no Senado. Segundo o sindicato, a PEC é uma “ameaça concreta” ao Pix e a política monetária do país.

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“A proposta também criará um ente autônomo e desvinculado do controle democrático, reduzindo o poder do eleitor de influenciar a política econômica por meio do voto”, afirma o sindicato.

O texto também alerta que, caso a PEC seja aprovada, existe risco de cobrança de tarifas sobre Pix. A presidente regional de Brasília do Sinal, Edna Velho, afirma que o BC “não pode ser entregue à lógica do lucro de grande conglomerados financeiros”.

“Defender o Banco Central como órgão de Estado é defender a soberania do Brasil perante ataques como esse, feito pelo governo dos Estados Unidos”, afirma Edna.

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